Na manhã deste sábado (26), o mundo se despediu do Papa Francisco em uma celebração repleta de orações e demonstração de afeto.
O adro da Basílica de São Pedro acolheu milhares de fiéis, autoridades e religiosos que se reuniram para a Missa exequial do Pontífice, presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, cardeal Giovanni Battista Re.
Com 980 concelebrantes, entre cardeais, bispos e sacerdotes, a cerimônia, celebrada segundo o novo rito simplificado desejado pelo próprio Papa Francisco, foi marcada pela emoção e pela esperança no Cristo Ressuscitado.
Diante do altar, o ícone da Salus Populi Romani, tão querido ao Papa, devido à sua forte devoção mariana, chamava a atenção na celebração.
Mais de quatro mil presbíteros participaram do lado direito da praça, onde também foram preparados mais de 225 âmbulas para a distribuição da comunhão aos fiéis. A celebração contou ainda com a leitura das preces em seis idiomas: francês, árabe, português, polonês, alemão e chinês.
Em seguida, o cardeal Re aspergiu com água benta e incensa o caixão, levado para a Basílica de São Pedro e de lá, com um cortejo fúnebre, até a Basílica de Santa Maria Maior para o sepultamento.
Já na cerimônia de sepultamento, presidida pelo cardeal Farrell, camerlengo da Santa Igreja, o caixão foi colocado no túmulo, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, no nicho no corredor lateral da basílica liberiana, e aspergido com água benta enquanto o Regina Coeli era entoado. Flores e arranjos foram levados até o local por quatro crianças.
Durante a homilia, na Missa das Exéquias, o cardeal Giovanni Battista Re destacou a dimensão espiritual e humana do Papa Francisco, confira alguns pontos:
A certeza da vida eterna:
“Encontramo-nos reunidos com o coração triste, mas sustentados pela certeza da fé, que nos garante que a existência humana não termina no túmulo, mas na casa do Pai.”
Um servo de Deus até o fim:
“Apesar da sua fragilidade e do sofrimento, Papa Francisco escolheu percorrer até o último dia o caminho de entrega e serviço, seguindo as pegadas de Cristo, que veio para servir e dar a vida.”
Um Papa próximo dos últimos:
“Com seu temperamento simples e acolhedor, foi um Papa no meio do povo, com o coração aberto a todos, sobretudo aos marginalizados e pobres, gastando-se sem medida para cuidar das feridas do mundo.”
Um coração movido pela compaixão:
“Em cada gesto, em cada palavra, transparecia a compaixão de Cristo, que acolhe, perdoa e levanta.”
Uma voz que chamava à esperança:
“Em tempos de incerteza, sua voz foi para muitos um chamado à esperança, um convite a manter os olhos fixos no amor de Deus que jamais decepciona.”
Os sinos da Basílica de São Pedro tocaram novamente no final da Missa das Exéquias do Papa Francisco neste sábado (26), ecoando por toda a região do Vaticano que recebeu milhares de peregrinos vindos para se despedir do Pontífice.
Só a Praça São Pedro reuniu 50 mil pessoas em sua capacidade máxima. Nos arredores, segundo as autoridades, outras 200 mil acompanharam a celebração pelos telões espalhados em vários pontos, inclusive na Basílica de Santa Maria Maior, onde Francisco foi sepultado.
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Durante a missa e ao longo do cortejo fúnebre pelas principais ruas de Roma, a cidade contou com um forte esquema de segurança, incluindo drones de vigilância, atiradores de elite e o controle do espaço aéreo.
O caixão com o corpo do Papa Francisco saiu da Basílica de São Pedro por volta das 12h30 (horário de Roma) em direção à Basílica de Santa Maria Maior.
No adro da basílica, um grupo formado por pessoas necessitadas, pobres, refugiados e indigentes aguardava a chegada do Pontífice. O caixão foi levado até o local do sepultamento em um papamóvel, enquanto peregrinos aplaudiam e se reuniam em diferentes pontos do trajeto de mais de 4 km.
Cerca de 150 pessoas ao longo do caminho gritavam emocionadas: “Viva Francisco! Viva Francisco!”.
Desde a sua eleição em 2013, Francisco imprimiu à Igreja um novo jeito de ser: mais próximo, mais simples, mais atento às dores dos tempos atuais. Escolheu o nome inspirado em São Francisco de Assis, e fez jus a ele, defendeu a paz, o cuidado com os pobres e com a criação.
Hoje, a voz que tantas vezes encorajou a esperança silencia entre nós. Mas o testemunho da sua vida e tudo o que fez pela Igreja fica como herança e tesouro para nossos caminhos.
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Fonte: Vatican News
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