Angelus: “a Salvação exige escolhas corajosas e difíceis”

Durante o Angelus deste domingo (24), o Papa Leão XIV refletiu sobre o Evangelho da “porta estreita” (Lc 13,22-30) e chamou atenção para a necessidade de uma fé que se traduza em escolhas concretas e exigentes.

Segundo o Pontífice, Jesus não quer que seus seguidores vivam apenas uma religião exterior.

“Não basta professar a fé com palavras, comer e beber com Ele celebrando a Eucaristia ou conhecer bem os ensinamentos cristãos. A nossa fé é autêntica quando envolve toda a nossa vida, quando se torna um critério para as nossas escolhas”, destacou.

O Papa explicou que o Evangelho de hoje desafia a “segurança dos crentes”, especialmente aqueles que pensam já estar salvos apenas por cumprir práticas religiosas.

“O Senhor não quer um culto separado da vida e não lhe são agradáveis sacrifícios e orações que não nos levam a viver o amor aos irmãos e a praticar a justiça”, disse.

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Escolher o caminho da cruz

Recordando a vida de Cristo, o Santo Padre lembrou que Jesus não seguiu o caminho do sucesso ou do poder, mas atravessou a “porta estreita” da cruz. Por isso, Ele se tornou a medida da fé.

“Jesus é a porta que devemos atravessar para sermos salvos, vivendo o seu mesmo amor e tornando-nos, com a nossa vida, agentes de justiça e paz”, afirmou.

Para Leão XIV, viver a fé pode significar tomar decisões que não agradam a todos. “Às vezes, isso significa fazer escolhas difíceis e impopulares, lutar contra o próprio egoísmo e gastar-se pelos outros”, explicou.

Contudo, o Papa assegurou que esse caminho abre a vida para algo maior: “Ao ultrapassar esse limiar, descobriremos que a vida se abre diante de nós de uma maneira nova, entrando desde já no espaçoso coração de Deus”.

O Santo Padre concluiu sua meditação pedindo a intercessão da Virgem Maria: “Invoquemos a Virgem Maria, para que nos ajude a atravessar com coragem a porta estreita do Evangelho, de modo que possamos abrir-nos com alegria à largura do amor de Deus Pai”.

Proximidade com Moçambique e Ucrânia

Após a oração do Angelus, o Papa manifestou sua solidariedade ao povo de Cabo Delgado, em Moçambique, que sofre com a violência e a instabilidade. “Convido-os a rezar por eles e expresso minha esperança de que os esforços dos líderes do país tenham sucesso em restaurar a segurança e a paz naquele território”, declarou.

O Pontífice também se uniu ao povo da Ucrânia, lembrando a iniciativa espiritual “Oração Mundial pela Ucrânia”, pedindo a Deus o dom da paz para o país marcado pela guerra.

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Fonte: Vatican News