O primeiro pontífice foi São Pedro, ao receber de Jesus Cristo o Supremo Poder Pontifício e instituir a primeira ordem eclesiástica. Desde então, a Igreja contabiliza 266, incluindo o Papa Francisco. A sucessão apostólica é uma característica essencial da Igreja Católica e garante a continuidade da missão confiada por Cristo aos apóstolos.
Muitas são as perguntas sobre como é a caminhada para se chegar a Papa, e como é realizada a eleição (quando ocorre, quais são os requisitos). As últimas escolhas, com cobertura em tempo real pela imprensa, fizeram o mundo inteiro parar para acompanhar e aumentaram a curiosidade sobre o tema devido à máxima autoridade exercida pelo Pontífice. Esse interesse reflete o impacto global que o papa exerce não apenas sobre a Igreja, mas também sobre temas sociais, políticos e ambientais.
No A12 você tem mais detalhes de como é feito o Conclave. A definição do processo como o conhecemos hoje se deu em 1271, instituído pelo Papa Gregório X. Na época, a Igreja enfrentava um dos períodos mais longos de sede vacante, com quase três anos sem papa após a morte de Clemente IV. Gregório, então um diplomata respeitado, não fazia parte do colégio cardinalício. Seu reconhecimento de honestidade e competência o tornou o nome de consenso. Ele introduziu normas para acelerar o processo e evitar pressões externas, dando origem ao método que permanece até hoje com pequenas atualizações.
Foi ele quem estabeleceu que o processo de escolha passasse a ser “cum clave”, do latim “com chave”. Esse termo se refere ao fato de que os cardeais são isolados do mundo exterior durante o conclave, como sinal de recolhimento e oração para o discernimento da escolha do novo Papa.
Uma das principais dúvidas sobre a votação é: “Quem pode ser Papa?”. Pelo que vimos na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, escrita em 1996 pelo então papa João Paulo II, qualquer homem solteiro, batizado na Igreja Católica e que esteja em comunhão — participar da Igreja e cumprir os preceitos católicos, como os mandamentos e sacramentos — pode ser eleito papa.
“Mas, tendo em vista unicamente a glória de Deus e o bem da Igreja, depois de terem implorado o auxílio divino, deem o seu voto àquele, mesmo de fora do Colégio Cardinalício, que retiverem idôneo, mais do que os outros, para reger, com fruto e utilidade, a Igreja universal”, diz um trecho do documento.
O último eleito que não fazia parte do Colégio dos Cardeais foi o papa Urbano VI, escolhido em 1378, por ter sido arcebispo de Acerenza e Bari, na Itália, após uma pressão do povo romano após os quase 70 anos de domínio dos franceses como sede da Igreja. A escolha evidenciou a forte ligação entre o povo e a figura do Papa, que também é bispo de Roma.
Antes de Urbano VI, mais papas foram eleitos sem ter o título de Cardeal, como Urbano V (1362), um beneditino e bispo de Clermont, na França, São Celestino V (1294). Este último ficou conhecido por sua humildade e por ter renunciado ao pontificado, gesto raro na história da Igreja.
Desde 1389, com a eleição de Bonifácio IX, a prática de eleger apenas cardeais tornou-se padrão. Além da segurança de confiar o papado a um religioso profundamente imerso na vida da Igreja, a escolha interna facilita a condução dos trabalhos durante o conclave. Isso também fortalece a identidade colegial do episcopado, unida em torno do sucessor de Pedro.
Ainda com a necessidade de experiência pastoral, diplomática e administrativa pesar fortemente na escolha, esta possibilidade permanece aberta. Se algum dia, a Igreja decidir, em circunstâncias extraordinárias, eleger um papa de fora do colégio cardinalício, ele deverá ser ordenado bispo imediatamente após a aceitação do cargo, como prevê o Código de Direito Canônico. Assim, mantém-se a sucessão apostólica e a integridade do ministério episcopal.
Eleger um Santo Padre não é apenas um processo técnico ou político, mas um ato de fé profunda, conduzido com oração, jejum e discernimento. A Igreja Católica acredita que é o Espírito Santo quem conduz essa escolha, mesmo com todas as limitações humanas. Por isso, a liturgia e a espiritualidade envolvem todas as etapas do conclave, desde a Missa Pro Eligendo até o anúncio do novo pontífice.
“O Papa, bispo de Roma e sucessor de São Pedro, é princípio perpétuo e visível, e fundamento da unidade que liga, entre si, tanto os bispos como a multidão dos fiéis. Com efeito, em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, o pontífice romano tem sobre a mesma Igreja um poder pleno, supremo e universal, que pode sempre livremente exercer” (Catecismo da Igreja Católica, 882).
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Fonte: Vatican News/G1
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