O mártir redentorista Pe. Domingos Metódio Trcka nasceu no dia 6 de julho de 1886, na Morávia, hoje parte da República Tcheca. Em 1902 entrou para a Congregação do Santíssimo Redentor.
Durante seus primeiros anos de sacerdócio, trabalhou nas missões paroquiais e em 1919 foi enviado para trabalhar com os católicos gregos na Galícia e posteriormente para Eslováquia, onde desenvolveu uma vida missionária intensa.
Em março de 1935 foi apontado pela Congregação das Igrejas Orientais para ser Visitador Apostólico aos Monges basilianos em Presov e em Uzhorod.
Quando a Vice-Província de Michalovce foi fundada, o Pe. Trcka foi apontado como primeiro Vice-Provincial no dia 23 de março de 1946.
Na noite do dia 13 de abril de 1950, o governo checo suprimiu todas as comunidades religiosas. Após um julgamento sumário, Pe. Domingos foi condenado a 12 anos de prisão, durante os quais foi submetido a longos interrogatórios e a torturas.
Em 1958 ele foi transferido para a prisão de Leopoldov. Nesse meio tempo, passou a sofrer de pneumonia, contraída no confinamento solitário, imposto a ele por ter cantado na prisão um hino de Natal. Morreu no dia 23 de março de 1959.
O processo de beatificação do Pe. Domingos teve início com uma fase diocesana na Checoslováquia, concluída em 2001.
A causa foi formalmente introduzida em 6 de março de 2001, quando a Congregação para as Causas dos Santos emitiu o nihil obstat (Nada em contrário), conferindo a Domingos Trcka o título de Servo de Deus.
No dia 24 de abril de 2001, na presença do Papa João Paulo II, foi promulgado o Decreto de Martírio de cinco redentoristas, sendo quatro ucranianos e um tcheco: Basílio, Nicolau, Zenão, Ivan e Metódio.
O Santo Padre o beatificou no dia 4 de novembro de 2001, durante uma Capela Papal na Praça de São Pedro.
Resgatamos trechos da homilia de João Paulo II nessa celebração, onde é reforçado o zelo missionário do beato redentorista.
Homilia
A celebração teve início com o Papa João Paulo II proclamando outros sete Servos de Deus que foram elevados aos altares juntos ao Pe. Domingos Metódio Trcka.
Cada um dos proclamados oferece uma via distinta de fidelidade cristã, trilhada por missão, diálogo, empenho apostólico e testemunho de vida em contexto adverso.
“As palavras do Livro da Sabedoria convidam-nos a refletir sobre a grande mensagem de santidade que a solene Celebração da Eucaristia nos transmite com a proclamação de oito novos Beatos: Pavel Peter Gojdic, Metódio Domingos Trcka, João António Farina, Bartolomeu dos Mártires, Luís Tezza, Paulo Manna, Gaetana Sterni e Maria Pilar Izquierdo Albero.”
O Santo Padre também mostra uma conexão entre Domingos Trcka e Peter Gojdic, pois ambos responderam solidariamente à missão de Cristo.
O Papa destacou que eles “compartilharam profundamente essa missão” e transmitiram grande fidelidade ao Evangelho através de seus ministérios.
Tanto o bispo Gojdic quanto o padre Trcka passaram “pelos mesmos sofrimentos por sua fidelidade ao Evangelho e ao Sucessor de Pedro”, e agora “compartilham a mesma coroa de glória”.
Esse contraste entre o sofrimento e o triunfo da beatificação é um exemplo de trajetória aos cristãos de todo o mundo.
“O Bispo Pavel Peter Gojdic e o Padre Redentorista Metódio Domingos Trcka, hoje proclamado Beato, compartilharam profundamente a missão salvífica proclamada por Cristo na passagem do Evangelho de Lucas. Unidos no generoso e corajoso serviço à Igreja Greco-Católica na Eslováquia, passaram pelos mesmos sofrimentos por sua fidelidade ao Evangelho e ao Sucessor de Pedro, e agora compartilham a mesma coroa de glória.”
A descrição de seu “calvário” na prisão de Leopoldov feita pelo Santo Padre durante a homilia é um relato fortalecedor aos Redentoristas, pois o Pe. Domingos não sucumbe à amargura, mesmo diante da doença e do isolamento, respondendo a tudo isso com o perdão.
O perdão em seus momentos finais foi consumação de uma vida que escolheu amar até o extremo — o próprio Martírio.
“Metódio Domingos Trcka também passou a vida a serviço do Evangelho e da salvação de seus irmãos e irmãs, até o supremo sacrifício de sua vida. Como superior da comunidade redentorista em Stropkov, na Eslováquia Oriental, desenvolveu uma fervorosa atividade missionária nas três Eparquias de Presov, Uzhorod e Krizevci. Com a chegada do regime comunista, foi deportado para um campo de concentração com seus colegas redentoristas. Com o apoio da oração, enfrentou com coragem e determinação o sofrimento e a humilhação que teve de suportar por causa do Evangelho. Seu calvário terminou na prisão de Leopoldov, onde morreu esgotado pelo sofrimento e pela doença, perdoando seus perseguidores.”
.:: Descubra quem são os Santos e Beatos Redentoristas ::.
Fonte: causesanti.va
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