Por Pe. Rimar César Diniz, C.Ss.R. Em Redentoristas Atualizada em 03 ABR 2019 - 11H39

Acolhidos em outras terras: experiência missionária em Luanda

No mês de julho, dois estudantes junioristas da Província de São Paulo e da Vice-Província de Recife realizaram o seu Estágio Pastoral em Luanda, Angola (África). Depois de nos contarem um pouco da história da presença dos redentoristas nesta cidade, falam agora de sua missão e do seu aprendizado. 

Fratres visitam Paróquia Sagrada Família localizada no centro de LuandaA proposta da experiência de um Estágio Pastoral em Angola foi muito bem acolhida. Depois dos diversos desafios para providenciarmos a documentação necessária, partimos no dia dois de julho, em uma viagem longa, mas tranquila, até a capital angolana. Na manhã do dia três de julho chegamos em Luanda. O cansaço da viagem foi logo acalentado pela acolhida calorosa dos confrades que compõem a Comunidade Sagrada Família.

O primeiro contato com as terras estrangeiras foi marcado pela ansiedade e a curiosidade em conhecer as nuances culturais que lhes são próprias. Assim, depois de quatro dias na capital, iniciamos um processo de visitas e convivências com os confrades das outras comunidades do interior. As longas viagens entre as cidades nos proporcionaram um contato com as mais variadas paisagens, dentre elas os desafios vivenciados pela população na luta pela sobrevivência. 

Visitas e convivência

No dia seis de julho fomos para a cidade do Huambo onde está localizado o Seminário Santo Afonso que acolhe, atualmente, 14 postulantes estudantes de filosofia. Alguns dos confrades que aí residem, além dos trabalhos pastorais nas comunidades locais, dedicam-se ao professorado em instituições privadas e públicas. Durante esses dias tivemos também a oportunidade de participar do solene Jubileu da Arquidiocese do Huambo, que reuniu centenas de pessoas em uma belíssima celebração no Santuário Nossa Senhora do Monte. Sob o sol escaldante de uma manhã de domingo, presenciamos a singular expressão de fé do povo angolano que, durante cinco horas de missa, cantou, dançou, rezou e celebrou a vida.

Posteriormente, na Província do Kuito-Bié, conhecemos o Seminário São Clemente, localizado na cidade do Kuito, que acolhe 38 aspirantes e a missão católica do Vouga, que conta com um Santuário dedicado à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, um hospital, idealizado pelo Missionário espanhol Padre Manoel Garcia, um internato com 62 internos e uma escola que está sob os cuidados do governo. Nessas comunidades, os confrades se desdobram para atender as necessidades do povo que se agravam a cada momento com a crise econômica que assola todo o país.

:: Veja também - O outro, o distante, o além de mim: experiência missionária em Luanda

A quinta comunidade que conhecemos foi a de Menongue, dedicada ao Santíssimo Redentor. Nela residem três religiosos clérigos que se dedicam a uma ampla gama de atividades, dentre elas a escola de catequistas cuja finalidade é preparar, através de uma sólida formação, lideranças para as comunidades locais. Cabe ressaltar ainda que a cidade de Menongue, capital da Província de Cuando Cubango, conta com uma diocese que abrange uma ampla área pastoral, mas com um clero reduzido e insuficiente para atender todas as necessidades. Diante dessa realidade complexa, os confrades não medem esforços para atender, com dedicação e zelo, todo o povo.

A última comunidade que convivemos se situa na cidade da Humpata, província da Huila. Dedicada ao Beato Gaspar, é formada também por três religiosos clérigos que residem em pequenas casas e se dedicam à um largo campo pastoral. Em tempos passados foi instituído nessa região uma missão também sonhada pelo padre Manoel Garcia, visando prestar assistência religiosa à população local e propiciar o atendimento aos desassistidos em um amplo hospital. No entanto, o complexo hospitalar e o convento destinado à comunidade religiosa foram tomados nos tempos de guerra e transformado em área militar. Atualmente, as instalações foram recuperadas e passam por restauração no intento de proporcionar a retomada de suas atividades. 

Fr. Rimar César Diniz, C.Ss.R.  
Fr. José Sebastião Nascimento, C.Ss.R. 

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