Padre Vítor Coelho de Almeida tinha um grande amor para com os pobres, sentimento que nutriu com a espiritualidade e o carisma de sua congregação e seu fundador Santo Afonso. Leia MaisPadre Vítor Coelho: Missionário de Nossa SenhoraPadre Vítor Coelho e a memória redentorista em Sacramento (MG)Relembre canção em homenagem ao Padre Vítor Coelho de Almeida
Seu ministério foi marcado fortemente pela conscientização dos fiéis diante das questões sociais e pela promoção da pessoa humana. Tanta foi a preocupação do Padre Vítor com os “mais abandonados” que sua luta ganhou um registro histórico em plena ditadura brasileira.
Padre Vítor era um religioso destemido e animado por seu ardor missionário, herdado dos primeiros redentoristas alemães.
Padre Júlio Brustoloni, também redentorista, falecido em 2017, escreveu grande parte da documentação do processo de beatificação do Padre Vítor e cita em seu livro “Vida de Padre Vítor Coelho”, esse modo de evangelizar principalmente através da Rádio Aparecida.
“Seu empenho maior na promoção humana e justiça social, se deu na Rádio Aparecida. Ele comentou todos os documentos sociais da Igreja e procurou conscientizar os radiouvintes sobre o assunto. Embora moderado, nem por isso deixou de combater violentamente as injustiças sociais. Ele costumava traduzir em linguagem popular todos os documentos”, escreveu o missionário.
Essa forma de falar para o povo foi outra marca de seu ministério, e junto com seu desejo de tornar a população consciente de seus direitos, o fez um grande portador de uma palavra necessária para o seu tempo. E por isso, Padre Vítor não hesitou, em plena ditadura militar no Brasil, de lembrar os direitos que estavam sendo desrespeitados com o autoritarismo durante o regime militar.
Esse fato ocorreu no ano de 1969, quando Padre Vítor fazia a leitura objetiva e clara da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A simples ação do missionário causou a indignação de certo coronel da revolução, que mandou fechar e lacrar a Rádio Aparecida por 24 horas.
Confira o áudio do programa onde padre Vítor lê um trecho da Declaração:
Em sua pregação, Padre Vítor tocava diretamente os direitos trabalhistas, denunciando “salários de fome”. E não só isso: ele orientava os trabalhadores a se unirem em cooperativas e executar seu trabalho com responsabilidade.
“Caríssimos, os ponteiros apontam para o infinito! Boas festas! Hoje o Papa quer que pensemos na paz. Ele nos lembra de que os direitos do homem, solenemente proclamados pela humanidade, são a base da paz. Assim, se não observarmos os direitos do homem, não haverá paz no mundo. Cheguei até o artigo dezoito e hoje eu quero continuar essa leitura. Se os direitos dos homens forem observados, respeitados, haverá paz”, diz outro trecho do programa apresentado pelo padre Vítor.
Declaração — A proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos foi feita no dia 10 de dezembro de 1948, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, para ser amplamente divulgada e explicada, nas escolas e em outras instituições educacionais, sem distinção nenhuma que fosse baseada na situação política ou econômica dos Países ou Estados.
Rádio em Décadas
Em 2021, a Rádio Aparecida preparou uma entrevista especial sobre a censura imposta à Rádio Aparecida, com o discurso do Padre Vítor Coelho de Almeida.
No especial, Padre Inácio Medeiros entrevista Irmão Maciel, que tem grande conhecimento sobre a vida de Padre Vítor, Frei Betto, que viveu intensamente a ditadura e o jornalista e escritor, Mário Magalhães, autor do livro “Marighella: O Guerrilheiro que incendiou o mundo”.
fast_forward Conheça toda a história de vida do Padre Vítor Coelho de Almeida
Fonte: Informações históricas retiradas do livro "Vida de Padre Vítor Coelho", de padre Júlio Brustoloni.
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