O Santuário Senhor dos Milagres e a presença Redentorista

Entre as diversas Frentes Apostólicas que os Missionários Redentoristas atendem na Colômbia está o Santuário Senhor dos Milagres, localizado em Guadalajara de Buga, no departamento de Valle del Cauca, com população estimada em 110 mil habitantes.

O Santuário do Senhor dos Milagres de Buga, também conhecido como Basílica Menor do Senhor dos Milagres, ao longo da história se transformou num importante centro de peregrinação e de turismo religioso.

A região se caracteriza pela existência de muitas cachoeiras que caem entre seus morros e colinas. A basílica abriga uma imagem de Cristo crucificado, conhecida como "Senhor dos Milagres", venerada pelos fiéis devido à sua história de numerosos milagres e curas.

Instituto Histórico Redentorista Imagem venerada pelos fiéis no Santuário do Senhor dos Milagres

História e Tradição

A povoação de Guadalajara de Buga foi fundada em 1573, mas cresceu muito após a descoberta da imagem do Senhor dos Milagres, que também começou no século XVI, quando uma mulher indígena, Gabriela Sarmiento, encontrou um crucifixo nas margens do rio Guadalajara.

A imagem, segundo a tradição, cresceu em tamanho desde então e passou a ser associada a milagres e curas, atraindo muitos peregrinos, sobretudo, por ocasião de sua festa sempre antecedida por uma novena.

Calcula-se que cerca de três milhões de peregrinos vindos não só da Colômbia como de outros países visitem todos os anos, o santuário, passando pelas portas da grande igreja construída para abrigar a imagem, tendo sido elevada à categoria de basílica menor pelo Papa Pio XII, em 1937, reconhecendo a importância do santuário como centro de peregrinação e evangelização popular.

Construída em estilo neogótico, a basílica é um dos mais importantes destinos de turismo religioso do país, o que torna a imagem do Senhor dos Milagres que a cada sete anos, sai em procissão pelas ruas de Buga durante as "Rogativas", evento que atrai multidões de fiéis e autoridades como a mais conhecida e mais querida dos colombianos.

A imagem do Senhor dos Milagres é uma figura de Cristo crucificado, feita de ferro fundido, com 1,70 m de altura e 1,30 m de largura, sendo de cor escura. Raios prateados emergem da cruz, presentes dados a ele por seus devotos.

A cabeça do Santo Cristo está profundamente curvada e de suas chagas sai o sangre que também ensopam os seus cabelos que caem sobre os ombros. O rosto dilacerado pela dor conserva uma expressão de resignação e majestade, ao mesmo tempo, com os olhos fechados e os lábios entreabertos.

Presença redentorista

O santuário de Buga que, além da basílica, inclui um grande espaço com ex-votos e outros objetos relacionados à história do santuário, mantém obras sociais e escola sendo cuidado desde 1884 pelos Missionários Redentoristas da atual Província andino-Caribenha, que inclui também comunidades no Equador e Venezuela.

Em 1884, ali se estabeleceram a convite de Monsenhor Bermudez e da devota Gabriela Sarmiento, que desejavam uma comunidade de missionários em sua cidade. Chegando em 20 de agosto, tomaram posse da pequena igreja chamada "La Ermita del Santo Christo".

Mais tarde, construíram o novo templo dedicado ao Senhor dos Milagres e dedicaram-se com grande sucesso às missões, convertendo numerosas almas. Hoje, a imagem do Senhor dos Milagres pode ser encontrada nas casas e em muitas igrejas e paróquias de toda a Colômbia.

A Congregação nasceu e cresceu na Colômbia à sombra do Santuário de Nosso Senhor dos Milagres, em Buga e através deste serviço apostólico a congregação se tornou mais conhecida e estimada pelo povo, o que impele as novas gerações a serem fiéis aos que as precederam, estando abertos aos desafios da Nova Evangelização e aos sinais dos tempos.

Como já aconteceu na celebração de outros jubileus, a basílica também oferece indulgência plenária durante o Jubileu da Esperança, porque a vivência da devoção ao Senhor dos Milagres é um exemplo da fé, da tradição religiosa e da resiliência do povo colombiano, especialmente nos momentos mais desafiadores de sua história.

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Fonte: Instituto Histórico Redentorista