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Perpétuo Socorro: A espiritualidade que acolhe a redenção do Filho

Escrito por Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

21 MAR 2022 - 13H57 (Atualizada em 21 MAR 2022 - 14H54)

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Maria, com o Filho nos braços, significa que já O acolheu em sua vida como acolheu em seu seio. Por Ele já foi transformada, como nos indicam as cores douradas que resplandecem em seu manto. Sua natureza e a do Filho significada pela cor verde é a mesma. O brilho da divindade já a cobre, como a filha do rei em vestidos e brocados de ouro (Sl 44,14).

Este é o processo de cada um que acolhe Jesus e se reveste Dele. O processo de transformação acontece pelo acolhimento da redenção. Não se trata de uma futura ressurreição somente, mas de uma transfiguração atual para ter os mesmos sentimentos e mentalidade do Redentor (Fl 2,5).

Espiritualidade da ternura que busca e apresenta

Jesus está firme nas mãos de Maria. O que o universo não pode conter está sendo sustentado por suas mãos. Por isso S. Afonso diz “que o verdadeiro devoto de Maria não se perde”, porque encontrou Jesus, e por ela é resguardado do mal, como o pastor feliz que carrega aos ombros a ovelhinha perdida que foi encontrada.

A misericórdia de Jesus não é somente de acolhimento, mas de busca da ovelha perdida. O Evangelho escrito pela misericórdia é a concretização das palavras de Jesus: “Esta é a vontade daquele que me enviou: Que eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia” (Jo 6,39). Por isso Jesus vai em busca da ovelha perdida. Esta parábola está no coração do Evangelho.

É justamente essa a missão de Maria, Mãe do Perpétuo Socorro: Seus olhos procuram a ovelha perdida para indicar o Filho como o caminho. A espiritualidade, a partir do Ícone, não está voltada somente a um crescimento interior, mas se concentra na missão de Maria em cooperar na Redenção como aquela que sai em busca da ovelha perdida. Não só acolhe, mas busca os que estão perdidos e não se deram conta. É a mãe preocupada com os filhos em perigo. A busca dos abandonados é a identidade da vocação redentorista. O Santo Ícone sintetiza essa vocação na Igreja. Por isso, as populações mais humildes, onde trabalham os redentoristas, compreendem que sob o olhar de Maria e no seu colo materno podem viver felizes. Pois, há o amor da Mãe de Deus, em quem a Graça é abundante.

Aos redentoristas, como nos ensina Papa Francisco, é dado o estímulo de “primeirar”, saber tomar a iniciativa e chegar à frente (EG 24).

Aos devotos da Mãe do Perpétuo Socorro cabe a solicitude para com os abandonados, como Ela o demonstra com seus grandes olhos que contemplam Deus e ao mesmo tempo contemplam os filhos do Pai que é ternura e compaixão (Ex 34,6), que desceu para ver o sofrimento do povo no Egito, ouviu seus clamores... e desceu para libertá-lo e conduzir para uma terra onde corre leite e mel (Ex 3,7-8). Como recebeu a misericórdia, é misericordiosa.

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