A duas quadras da Casa Generalícia dos Missionários Redentoristas, localizada no Largo Brancaccio, bem no coração da velha Roma, existe uma praça construída entre 1882 e 1887, assim como todo o bairro que a rodeia, projeto urbanístico do arquiteto Gaetano Koch, que tem muito a ver com a história da Congregação.
A praça homenageia o primeiro rei da Itália, Vitório Emanuelle II, que já era rei da Sardenha e depois governou o país após o processo de unificação até sua morte em janeiro de 1888.
Seu governo coincide com o período conhecido como “Risorgimento” e em sua homenagem foi também construído, a partir de 1888, um controverso monumento em mármore branco localizado entre a Praça Veneza e a Praça do Campidoglio, a caminho do Coliseu, na mais turística região da cidade de Roma.
Cercada por edifícios com grandes arcadas possuidores do estilo próprio das grandes obras do final século XIX, a praça foi construída de acordo com as disposições do Plano Municipal de 1873, junto com o novo bairro da cidade após a transferência da capital de Florença para Roma, em 1871.
Inaugurada oficialmente num domingo, dia 10 de julho de 1889, com a abertura de seu jardim ao público, a praça hoje é o coração do bairro multiétnico do Esquilino, que a partir das últimas décadas tem sido ocupado por imigrantes de diversas procedências, sobretudo, da Ásia.
Características arquitetônicas e paisagísticas
Uma das características marcantes da Praça Vitório Emanuelle são os edifícios que a rodeiam, com um pórtico e arcadas formando um conjunto harmonioso com 280 colunas.
Originalmente esses edifícios foram construídos para serem residências de luxo, com espaçosos apartamentos que deveriam ter sido ocupados por "figurões" dos ministérios recém-criados para servirem ao governo da nova Itália, mas depois foram sendo deixados, sendo ocupados por outros moradores, divididos com novas finalidades e disposição.
Combinando história, arquitetura e vida cotidiana a praça, a maior de Roma, rodeada pelo seu pórtico elegante tinha uma finalidade bem específica que não foi cumprida. Nas últimas décadas o centro da cidade, assim como acontece em outras partes do mundo, com os arredores da praça estão sendo desocupados entrando num processo de decadência e abandono.
O jardim foi pensado na origem para ser uma obra-prima da arquitetura paisagística, com suas plantas ornamentais presente da rainha Margherita, mas aquilo que deveria ser um cantinho romântico de vegetação e um pulmão verde dentro da cidade, assim como acontece com a região central de muitas cidades grandes mundo a fora, sofre com décadas de degradação e abandono que nem mesmo as mais recentes obras de renovação ambiental, conseguiram recuperar totalmente.
Demolição da igreja de São Julião
Para a construção da praça no histórico Monte Esquilino, uma das 07 colinas sobre as quais a cidade de Roma foi edificada, grandes obras de demolição e escavação foram realizadas. Com isso, igrejas, palácios e outras obras foram “ao chão”.
Uma das igrejas atingidas foi a de São Julião que pertencia aos redentoristas, local histórico onde morou o Superior Geral das casas dos Estados Pontifícios, que abrigou a Procuradoria Geral da Congregação e que acolheu São Clemente Maria Hoffbauer junto com o Pe. Tadeu Hubl.
.:: Saiba mais sobre São Clemente e Padre Tadeu Hubl ::.
O progresso muitas vezes é inexorável e os prejuízos históricos que causa nem sempre são compensados pelas conquistas que traz. Por pouco as obras de demolição não chegaram à atual Casa Geral que somente se livrou por ter na sua gênese a compra feita pelo redentorista escocês Pe. Edward Douglas.
Durante as obras para a construção da nova praça foram encontrados restos arqueológicos da Roma antiga que hoje põem ser vistos por aquelas pessoas que passam pelo espaço como o ninfeu de Alexandre, a Porta Mágica, ligada à alquimia e lendas populares, a Villa Palombara, residência do alquimista Massimiliano Palombara.
Há muito se discute em Roma um projeto mais completo de valorização da praça que também se tornou ponto de concentração dos movimentos, passeatas e protestos que de lá partem para percorrer as ruas da cidade com suas músicas, palavras de ordem e slogans. Mas como aqui tudo é mais demorado...
Fonte: Instituto Histórico Redentorista
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