Existiu uma pequena igreja, que não mais existe, que ganhou grande relevo na história da Congregação Redentorista. Trata-se da igreja de São Julião (Giuliano), em Roma.
A casa e a igreja localizadas na região do Monte Esquilino foram compradas em 1783, dos carmelitas pelo padre Francesco De Paola, que era o Superior da Congregação nos Estados Pontifícios.
Na época em que a Congregação esteve dividida, com as quatro casas existentes no Reino de Nápoles consideradas “fora” da congregação por causa do famigerado “Regolamento” real que visava submeter a congregação ao poder real numa versão napolitana da política conhecida como Cesaropapismo.
O cesaropapismo era um sistema político-religioso em que o chefe de Estado, mesmo sendo uma autoridade civil, exercia forte controle sobre a Igreja, tanto em assuntos temporais como em assuntos de ordem espirituais.
Neste sistema, marcado por um forte espírito anticlerical, o poder político se sobrepõe ao religioso, com o líder secular tendo autoridade sobre a doutrina, a disciplina e a organização da Igreja quando, às vezes de forma ditatorial, cerceia totalmente a liberdade de ser e de agir da Igreja.
Existiram alguns líderes políticos, como o imperador José I, da Áustria, que chegaram ao cúmulo de cuidar dos mínimos detalhes da vida interna da Igreja, determinando até mesmo quantas velas deveriam ser acesas nas igrejas ou as cores e enfeites das vestimentas litúrgicas.
O termo “cesaropapismo” deriva da combinação das palavras “César”, referindo-se ao imperador ou àquele que tem o mando político, e “Papa”, o chefe da Igreja Católica, indicando a união desses dois poderes na mesma pessoa ou instituição, com prejuízo para a Igreja e sua ação.
Uma casa, uma missão
Com a aprovação do Papa Pio VI, a casa de São Julião foi transformada em residência do Superior Geral a partir de 1784.
Somente bem mais tarde, em 1855, a atual Casa Geral da Congregação passaria para a Via Merulana, com a aquisição da Villa Caserta para abrigar o Governo Geral e todos os organismos a ele ligados.
O primeiro superior de São Julião foi o padre Isidoro Gennaro Leggio que era também o Procurador Geral da Congregação, aquele que cuidava dos aspectos jurídicos, atuando ativamente em prol da congregação junto ao Pe. Francesco de Paola. Deve-se muito a ele a reunificação da Congregação.
No ano de 1785, dois anos após a compra da casa e da igreja, São Clemente Maria Hoffbauer e o padre Thadeu Hubl quando estavam em peregrinação a Roma, ali se apresentaram com o desejo de se tornarem redentoristas.
São Clemente Maria Hofbauer é considerado o segundo fundador da Congregação Redentorista devido ao seu papel crucial na expansão da ordem para além da Itália
Ali, tempos mais tarde, professaram seus votos religiosos depois de terem feito o noviciado tendo o padre Giuseppe Landi como mestre.
Depois dos estudos teológicos realizados em Frosinone, São Clemente e Tadeu Hubl se tornariam os primeiros sacerdotes estrangeiros a entrar para a Congregação. Voltando para sua terra natal São Clemente recebeu o encargo de implantar a Congregação fora da Itália, tornando-se o primeiro vigário Transalpino da Congregação.
Esta primeira casa redentorista de Roma e a igreja a ela anexa, localizada perto da atual casa e igreja de Sant'Afonso e Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que abriga o ícone original, foram confiscadas pelas tropas francesas que ocuparam Roma em 1798.
A posse da propriedade foi restaurada sob o Papa Pio VII, em 1800, quando os franceses saíram da cidade, porém, mais uma vez seria confiscada pelas tropas de Napoleão Bonaparte em 1809, e depois vendida.
A casa e a igreja foram finalmente demolidas em 1874, dando lugar à Praça Vitório Emanuel, num plano de reorganização urbanística da cidade de Roma que havia se tornado a capital da Itália reunificada.
Por pouco, o processo de demolição não atingia partes da atual Casa Generalícia que continua cumprindo sua finalidade de ser o polo gestor da congregação espalhada pelo mundo, abrigando os organismos do Governo Geral, entre eles o Instituto Histórico e o Arquivo Geral da Congregação.
.:: Conheça o redentorista que se salvou de um naufrágio ::.
Fonte: Instituto Histórico Redentorista
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