Pílulas Vocacionais: Praticar o amor e a misericórdia de Cristo

A vocação é um chamado de Deus que exige uma resposta. Diante disso, somos convidados dar o nosso SIM sem reservas. Por outro lado, diante de um mundo globalizado, onde somos bombardeados por várias vozes, e por isso é necessário discernimento para escutar a verdadeira voz: a que vem de Deus.

O Senhor quando chama, nos convoca para ir ao encontro do outro, ou seja, ser um outro Cristo para o irmão. Desse modo, sendo um sinal visível de esperança num mundo cada vez mais desesperançado devido a tantas injustiças sociais. Nós, vocacionados do Pai, somos convidados a sermos participantes do projeto de salvação de Cristo, praticando o amor e a misericórdia d’Ele. No entanto, em que consiste esta prática?

São duas palavras desafiantes que dentro do clima de violência da cultura moderna nos interpela. No ano de 2016, o Papa Francisco exortou toda a Igreja para a prática da Misericórdia como ação concreta do amor que, perdoando, transforma e muda a vida. Afirma Francisco que: “A misericórdia possui também o rosto da consolação. 'Consolai, consolai o meu povo´” (cf. Is 40, 1). São as palavras sinceras que o profeta faz ouvir ainda hoje, para que possa chegar uma palavra de esperança a quantos estão no sofrimento e na aflição.

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Leia MaisBrasil: face que clama por misericórdiaDiálogos sobre o "remédio da misericórdia"Conheça a devoção à Divina Misericórdia e Santa FaustinaNão devemos deixar que nos roubem a esperança que provém da fé no Senhor ressuscitado. É verdade que muitas vezes somos sujeitos a duras provas, mas não podemos jamais perder a certeza de que o Senhor nos ama. A sua misericórdia expressa-se na proximidade, na ternura, no carinho e no apoio que muitos irmãos e irmãs podem oferecer quando sobrevêm os dias da tristeza e da aflição. Enxugar as lágrimas é uma ação concreta que rompe o círculo de solidão onde muitas vezes se fica encerrado. Todos precisamos de consolação, porque ninguém é imune ao sofrimento, a tribulação e a incompreensão.

O Papa Francisco tem, insistentemente, sugerido a prática concreta do amor e da misericórdia, já que só quem tem a real capacidade para amar e ser misericordioso com o próximo, dentro dos princípios do Evangelho, ama a Deus. Não é suficiente apenas a vontade humana se ela está desconectada com a vontade divina, concretizada na Pessoa de Jesus Cristo. É atitude de sabedoria, mas própria para quem consegue superar os critérios do individualismo e de mente fechada para os ensinamentos de Deus.

Somente na prática desse amor e dessa misericórdia que podemos iluminar essa sociedade marcada pelo individualismo; sendo irradiadores de boas obras e testemunhas visíveis do ressuscitado, é junto d’Ele que a ‘Redenção é Copiosa’. Não estamos sozinhos nesta caminhada, não obstante, são muitas as vozes que insistem e persistem em nos tirar do caminho da verdade. No entanto, é necessário que nós escolhamos ficar do lado da justiça e do direito dos empobrecidos.

arquivo pessoal

Fr. Alane Andrade, C.Ss.R.

Seguindo o exemplo de Santo Afonso de Ligório, o homem que deixou-se tocar pelo amor misericordioso de Deus, possamos entender que se Deus apostou tanto nos homens, Ele não pode fazer outra coisa, senão ser misericordioso e indulgente com eles, partindo do pressuposto de que, os homens buscam estar sempre prontos para se deixarem conduzir pelo Deus misericordioso.

                            Fr. Alane Andrade, C.Ss.R.
                          Comunidade Redentorista São José
Alfonsianum I. Ipiranga- SP.

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