A Sexta-feira da Paixão recorda a morte de Nosso Senhor, o Seu mistério de dor e sofrimento. Antes de morrer na Cruz, Jesus proferiu as Suas últimas palavras, no Monte Calvário.
O Santuário Nacional celebrou hoje (29), às 12h, o Sermão das Sete Palavras de Jesus na Cruz. O momento foi presidido no Altar Central pelos Missionários Redentoristas e prefeito de Igreja do Santuário Nacional, Padre Ferdinando Mancílio e Ir. André Luiz, diretor da Academia Marial e contou com encenações da Paixão e Morte de Jesus.
Leia MaisSexta-feira da Paixão: um conto especial sobre este mistério de amorReze por 15 minutos diante de uma CruzAs Palavras de Jesus se transformam num convite profundo de reflexão e recolhimento, em que devem ser um questionamento para cada um dia de nós, pois mesmo na dor, Ele não poupou a própria vida por amor a nós.
Faça a reflexão de todas elas:
O perdão - Desde o início de sua vida pública, outra coisa Jesus não soube fazer senão perdoar. Quando rezamos o Pai-nosso, dizemos: “Perdoai-nos as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Perdoar é a verdade de Cristo, vivida por Ele no alto da Cruz, e que deve estar enraizada em nosso coração.
A conversão - Só um Deus que ama até o fim pode mesmo até o fim dar a salvação àqueles que lhe suplicam. Esta é a hora da conversão. Ao alcance de todos está a misericórdia do Senhor. Cremos no paraíso e na verdade de Cristo. E por isso podemos já fazer da terra o céu, se agora já vivermos no amor, na misericórdia e na compaixão.
O acolhimento - Antes Maria ouviu o anúncio do Pai por meio do anjo Gabriel. Agora é seu próprio Pai quem anuncia a Maria: “Mulher, eis teu filho”. Por isso, acolher Maria é acolher seu próprio Filho, sua Palavra, sua Verdade. É ser verdadeiramente o Povo da nova e eterna Aliança.
O abandono - Deus nos faz experimentar a solidão, para que descubramos que não nos é possível viver sem Ele. As palavras de Cristo são palavras de confiança, e Ele sabe que o Pai não o abandonará. Jesus, nessas palavras, manifesta seu amor-confiança no Pai. A nós Ele ensina que Deus não nos abandona jamais.
O sofrimento - Cristo está no alto da cruz. Sofre as dores do martírio. Está lá pela sua fidelidade ao projeto do Pai, projeto de amor infinito. A humanidade o rejeita, mas Ele continua fiel. Podemos dizer que o Cristo continua a ter sede. Sede de ver nossa humanidade vivendo os valores do Reino: Justiça, Fraternidade, Misericórdia, Compaixão, Docilidade, Amor até o fim. A sede de Deus é que as nações acolham sem reservas a verdade do Reino, e haja paz e respeito entre os povos.
A fidelidade - Eis as últimas palavras de Cristo. Não houve hesitação em sua fidelidade. De seu corpo macerado saíram sangue e água. O sangue é a vida doada até o fim, a água é a vida que nasce do Espírito Divino para toda a humanidade. Como pode um Deus, diante de tamanha ingratidão humana, continuar a oferecer para nossa humanidade a vida e a salvação? Só um Deus que ama até o fim pode fazer assim.
O compromisso - Aquele que passou fazendo o bem entregou sua vida ao Pai. Jesus sofreu o fim dramático estabelecido pelos homens que continuaram a dizer não. Jesus é sepultado numa sepultura dentro de um jardim, relembrando-nos que o desejo de Deus para que vivamos num paraíso continua. A ressurreição de Cristo é a nova criação de nossa humanidade. Portanto, as palavras finais de Cristo nos chamam a restabelecer nossa consciência de compromisso com a vida e com o Reino.
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