Por Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R. Em Artigos Atualizada em 25 MAR 2019 - 17H24

Nossa Senhora da Ajuda

ajuda

O culto a Nossa Senhora é bíblico, é teológico, é litúrgico, é pastoral e é devocional. É necessário para a vivência da fé cristã, mas nunca deve lhe ser prestado por mero devocionalismo. Ou sentimentalismo. Sem dúvida, comover-se com as aflições dos outros, sensibilizar-se com seus sofrimentos e ajudar as pessoas necessitadas é sinal de solidariedade, enobrece o caráter humano. Entretanto, quando se trata de viver a fé cristã não bastam emoções. Se vivida apenas com emoções, a fé não resiste às dúvidas, às incertezas e provações. O título Nossa Senhora da Ajuda foi atribuído à Maria tendo presente essa convicção profunda. Estaria relacionado antes de tudo à agonia de Cristo no Calvário. Lá estava ela, de pé, a mulher forte, a mãe à qual o Filho legou seus discípulos para que ela os ajudasse. A Virgem Maria associada ao sofrimento de Jesus é nossa intercessora pelos méritos dele junto a Deus Pai. Ela recebeu dele o poder de nos ajudar em situações difíceis, angustiosas, incertas, sofridas ou perigosas. Esta “ajuda” é-lhe pedida também através de outras invocações como: Perpétuo Socorro, Auxiliadora, Amparo, Livramento, Mercês, Bom Sucesso, Desatadora de nós e outras mais.

 

Ela recebeu dele o poder de nos ajudar em situações difíceis

Origem e tradição

Segundo a História os navegadores e as caravelas reais enfrentavam grandes perigos e desafios na travessia de mares e oceanos. Na Idade Média, reis, capitães de esquadras mercantes, descobridores, colocavam suas naus em expedições ou em batalhas navais, sob a proteção de Maria invocada como: Nossa Senhora da Ajuda. Faziam-se celebrações e festejos, seja na partida, seja na chegada das embarcações aos portos. Esta foi a origem de muitas igrejas ou capelas construídas na orla marítima da Europa. No início das grandes expedições marítimas do século XVI, o culto a Nossa Senhora da Ajuda chegou ao Brasil-Colônia por devoção de cinco padres jesuítas. Em 1549 eles integraram a comitiva do Governador Geral do Brasil, Tomé de Souza. Trouxeram consigo uma bonita imagem da Virgem medindo uns 30 cm. e se estabeleceram no litoral sul da Bahia onde construíram a capela em honra de Nossa Senhora da Ajuda. Aí nasceu o povoado, hoje distrito de Porto Seguro com o nome de Arraial da Ajuda e lugar turístico. Conta a tradição que os jesuítas após inúmeras tentativas não encontravam água potável. Pediram então a ajuda da Mãe de Deus para erguer a capela em sua honra. Enquanto era celebrada a missa surgiu misteriosa e mansamente uma fonte de água viva sob uma árvore ali perto. Não poucos autores deixaram relatado o fato que logo foi se espalhando da Bahia para São Paulo, inclusive no testemunho do Beato José de Anchieta -SJ. O santuário de Nossa Senhora da Ajuda é tido como o mais antigo do Brasil. Foi confiado aos cuidados pastorais dos Padres Redentoristas. A festa tradicional é celebrada solenemente no dia 15 de agosto.

Pe. Antonio Clayton Sant´Anna, C.Ss.R.

Diretor da Academia Marial

 

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