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Nossa Senhora, uma líder leiga

Pe. Ulysses da Silva, C.Ss.R. (Aquivo redentorista)

Escrito por Pe. Ulysses da Silva, C.Ss.R.

30 MAI 2018 - 09H33 (Atualizada em 04 MAR 2024 - 16H16)

Sidney de Almeida/ Shutterstock

Quando falamos em leigos, estamos longe daquela acepção popular: desconhecimento ou ignorância de alguma matéria. 

Leia MaisDom José Valmor Cesar sobre leigos: “são essenciais para a vida da Igreja”Relatório aponta que leigos querem ter voz ativa nas decisões da Igreja

Na Igreja de Jesus, Leigo indica o cidadão cristão, uma cidadania, que lhe foi conferida no dia do batizado. É uma designação que tem sua origem na palavra grega “laós”, que significa povo cidadão.

Dela se origina a palavra liturgia, ou seja, aquela celebração que é ação do povo reunido. Portanto, somos batizados, somos cidadãos da Igreja.

Em geral, quando ouvimos falar em Igreja, pensamos apenas em Papa, bispos, padres, diáconos e freiras.

Muitos não têm consciência de que a Igreja, cuja finalidade essencial é viver em união de graça com a Trindade Santa e em união fraterna entre nós, é, primeiramente, o Povo de Deus. Todo o resto, como os ministérios ordenados e não ordenados, existe para ajudar a atingir essa meta.

É bom recordar que a Igreja cristã não nasceu no templo de Jerusalém nem nas sinagogas judaicas, mas na casa de Nazaré, onde viviam três Leigos piedosos: José, Maria e Jesus. Nenhum deles era membro da hierarquia, nem exercia qualquer ministério religioso.

Maria era uma mulher leiga, dona de casa. Jesus era simplesmente um leigo, conhecido como o filho do carpinteiro. E José era um trabalhador leigo, simples e dedicado a sua família. Foi assim, no espaço simples de uma casa de família, que veio habitar a plenitude da divindade, o Verbo eterno.

Pela nossa origem, cremos que, em nossa Igreja, não pode haver disputas de poder, clericalismo, em que os ministros ordenados decidem e fazem tudo sozinhos, e paroquialismo autorreferencial, em que tudo acontece dentro da igreja e de suas dependências. Ela é missionária, principalmente pela presença dos Leigos nas famílias e em todos os espaços da vida e das atividades da sociedade.

Nossa Senhora é o exemplo da Leiga perfeita, que cumpriu e continua cumprindo sua missão até hoje. Ela ajudou a educar seu Filho e esteve a seu lado nos momentos em que se fazia necessária; principalmente aos pés da cruz.

Nunca exigiu privilégios pelo fato de ser a mãe de Jesus, mas ficou ao lado dos discípulos, no Cenáculo, quando eles estavam desorientados, porque Jesus já havia voltado para o Pai. Foi ela que os animou e preparou para que recebessem o Espírito Santo e se transformassem em Missionários evangelizadores.

Por isso, a condição de Leigo e Leiga confere uma dignidade e uma missão, que brota do próprio fato de ser batizado. Somos discípulos-missionários, somos Leigos evangelizados e evangelizadores.

Nossa participação ativa e nosso mandato missionário não deveriam jamais depender de outros títulos ou delegações. Afinal, como Jesus, Maria e José, somos sujeitos eclesiais e não objetos nem plateia.

Escrito por
Pe. Ulysses da Silva, C.Ss.R. (Aquivo redentorista)
Pe. Ulysses da Silva, C.Ss.R.

Missionário Redentorista e membro da Academia Marial de Aparecida

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