Por Regina Helena Moreno Ribeiro Em Artigos

“Se alguém não nascer da água e do Espírito, não poderá entrar no reino de Deus” – (Jo 3, 5-8)

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Com essas palavras, Jesus convida a todos a nascer novamente. Ele propõe, cativa e chama à vida em abundância.  Inaugura a “nova Aliança” e “segui-Lo é fundamental e essencialmente original na moral cristã”.

Deus convida o seu povo revelando Jesus, que traz a proposta, no seu Evangelho, de Plenitude; o Espírito Santo confirma e santifica na verdade e no bem os que acreditam e seguem, mas também a todos os homens de boa vontade.

A força do ethos remete para a raiz mais profunda do ser humano e significa experienciar a fé, ser discípulo de Jesus; radicalmente participar, obedecer livremente e compartilhar as nossas vidas com amor à vontade do Pai.

Maria deu este exemplo a toda a humanidade quando disse com liberdade e obediência na fé o “sim” (“ob-audire”) e concebeu do Espírito Santo! Ela é a figura mais pura que manteve viva a esperança da salvação de Israel, na expectativa da Aliança nova e eterna destinada a todos homens e gravada nos corações. Ela foi provada desde o início na fé até o momento em que Jesus deu o último suspiro na cruz e não vacilou. Maria teve fé límpida! Sua união a Jesus na obra da salvação manifesta-se desde a hora da concepção virginal de Cristo até a sua morte, quando ela avança em peregrinação com fé próxima ao Filho até a cruz; especialmente no momento em que Ele cai e ambos empenhados nos propósitos divinos, permanecem firmes no sofrimento para recuperar em nós, a graça santificante do Pai.

A dimensão marial da Igreja antecede sua dimensão petrina. Que possamos desfragmentar o ethos e voltar aos valores de raiz! Abandonar-se no Espírito Santo com toda a fé e busca de santificação. “Bloquear” em nossa vivência com os irmãos a imoralidade, a permissividade e a amoralidade. Voltar a necessidade de ética. Ter sede de uma vida digna respeitando regras de boa conduta perante a vida do ser humano desprezado, humilhado, faminto, abandonado, visto no mundo inteiro, encarado como algo natural e cotidiano.

O papa Francisco, na “Evangelii Gaudium”, exorta a toda Igreja a encontrar maneiras criativas de aproximação dos cristãos, bem como todos igualmente. Diz que a alegria do Evangelho não ignora a dor nem o mal nem as dificuldades, mas renasce sempre porque está fundada na inefável bondade de Deus.  (n. 2). [...] A Igreja aprendeu do seu Mestre que a felicidade está em abandonar o egoísmo e servir os outros. Essas são as duas chaves conectadas, da exortação: experimentar a alegria e sair a oferecê-la.” Os cristãos têm o dever de anunciar o [Evangelho] sem excluir ninguém, não como quem impõe uma nova obrigação, mas sim como quem partilha uma alegria” (n. 14).

A exemplo de Maria que todos possam permanecer em oração, caridade e prontidão!

 

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