Por Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R. Em Grão de Trigo Atualizada em 12 AGO 2019 - 13H47

Maria: ícone da Igreja ressuscitada!


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A força diabólica do pecado parecia ter vencido ao crucificar Jesus. Mas, Ele nos amou até o fim num amor obediente e fidelíssimo servindo ao projeto salvador do Pai. Isso o fez vencedor da morte e de seu aguilhão – o pecado. Recebeu o prêmio da ressurreição num corpo glorioso (1Co 15,55).  Assim cremos no “mistério pascal”.  A morte e ressurreição de Cristo mereceu-nos a graça de uma vida nova. O início de uma nova criação: a da pessoa humana regenerada em Cristo, o homem novo, o novo Adão. Nele, o vencedor ressuscitado, temos a libertação, a vida, a salvação. Por isso, a Igreja canta com São Paulo: “Quanto a nós devemos gloriar-nos na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a nossa salvação, nossa vida, nossa esperança de ressurreição, e pelo qual fomos salvos e libertos.” (Gl 6,15). Cabe a cada um de nós, batizados no Senhor, nos esforçar para atingir o conhecimento dele, o seu estado de homem perfeito, chegar à unidade da fé conforme a maturidade de Cristo.  (Ef 4,13). É o impulso da vida nova de Jesus ressuscitado agindo por nosso intermédio na transformação do mundo e da história.

O Evangelho liga Maria à nossa redenção por Cristo com vínculos inseparáveis. Mas, isso exige de nós reflexão e devoção marianas verdadeiras.  Quanto mais nos aproximarmos da pessoa de Maria na contemplação da sua fé, de sua presença nos Evangelhos, das suas virtudes e quanto mais invocarmos o seu amparo maternal, tanto mais entenderemos a sua função dentro do mistério de Jesus. E tanto mais caminhamos no verdadeiro discipulado para o céu. Ora, no mistério pascal contemplamos Nossa Senhora no ponto mais alto da sua íntima e absoluta união com o Filho. Ícone da Igreja ressuscitada, em sua pessoa reluz de modo antecipado a meta da nossa própria vocação em Cristo. O exemplo de Maria, a sua fé e caridade incentivam em nós o dinamismo da ressurreição do Senhor. Ela foi quem primeiro se beneficiou da condição gloriosa de seu Filho.


As narrativas do Evangelho sobre as aparições de Jesus ressuscitado vão além delas. Isto é, as narrativas nos dão uma moldura histórica e catequética da progressiva descoberta sobre a nova condição do Mestre, sua presença gloriosa em meio aos discípulos reunidos. Maria estava junto deles em oração e apoio de primeira discípula. Sem precisar dos “sinais” de qualquer aparição. Sua profunda união com o Jesus antes encarnado no seu seio e agora corpo glorificado era-lhe suficiente na iluminação da fé nele. Sem dúvida, é por isso que as primeiras gerações cristãs viram em Nossa Senhora a testemunha maior da ressurreição de Jesus e, logo, o modelo perfeito no seu seguimento. Será que minha devoção a Nossa Senhora promove e alimenta uma união imediata com a vida de seu Filho ressuscitado e fortalece meu processo de ressurreição com Ele?

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