Por Eduardo Lopes Caridade Em Palavra do Associado Atualizada em 03 OUT 2017 - 08H25

Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo... (Lc 2,1-14)

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Na Assembleia, realizada em 12 de dezembro, na cidade de Aparecida-SP, causou-me alegria, a beleza e riqueza do encontro, onde estive pela primeira vez. As conferências foram esclarecedoras, mas, destaco aqui, a apresentação do Pe. Joãozinho,SCJ, com o tema: “Perspectivas”, onde o orador trouxe aos presentes, a sensação de esperança sobre o futuro da Academia, sugerindo vários pontos para aplicação, a curto, médio e longo prazo. Em um dos destaques apresentou, a prática dos Exercícios Espirituais (EE) de Santo Inácio de Loyola, aplicado ao “Caminho de Maria”.

Tocou-me sobremaneira, devido a já participar na Escola dos EE em sua prática, através da motivação junto àqueles que recebem os Exercícios em sua Vida Cotidiana. E, com a proximidade do nascimento do Senhor, partilho um dos temas da Segunda Semana dos EE, que muito toca nosso coração, onde no segundo preâmbulo, podemos contemplar a figura de Maria na gruta do nascimento.

Em nossas vidas, na contemplação do Nascimento de Jesus, identificamos que as coisas de Deus são profundas e inesperadas, onde, não raro, muitos reagem com ceticismo ou indiferença, negando ou infantilizando, o acontecimento. Lamentavelmente hoje, o Natal de Jesus vira comércio e o homenageado fica esquecido.

Na prática dos EE, há destaque nesta contemplação, de dois temas importantes: O serviço e a pobreza. Importante ressaltar, que a preocupação de quem contempla a cena, não é a biografia de Jesus. O que se deseja é que tenhamos um “conhecimento experiencial” de Jesus. Mas, como nosso olhar contemplativo está sobre a Mãe, perguntamos: Como estará a serviço do menino que vem? Maria se coloca a serviço pela Anunciação, nos ensinando, pelo seu exemplo, sua vida, pelo SIM que diz ao Pai. A pobreza do lugar, desapegado do mundo, onde a luz é sinal que aponta a vida, e vida em abundância.

Jesus de Nazaré nasceu e viveu inserido em um povo humilhado. Basta, conhecermos um pouquinho de história bíblica para entendermos que o povo de Israel, foi oprimido pelos egípcios, pelos assírios; suportou o exílio da Babilônia e foi dominado, sucessivamente, pelos persas, pelos gregos e pelos romanos.

Jesus de Nazaré nasce, numa região periférica, vive a maior parte de sua vida no anonimato da vida rural.

Foi um longo caminho, e nada fácil, para a Sagrada Família chegar a Belém, pois à distância, a partir de Nazaré, é de aproximadamente 150 km. Maria, José e outras pessoas do grupo vão por onde encontram água e dormem nas tendas, à luz das estrelas. Entraram na Cidade Santa de Jerusalém e, depois de orar no Templo, atravessaram o deserto de Judá, 9 km, para chegar a Belém. Nessa região faz bastante frio no mês de dezembro... A gruta do nascimento é real e lembra que o Verbo de Deus se fez carne e habitou no meio de nós.

São Leão Magno diz que, quando os magos chegaram do Oriente para adorar o “rei dos judeus” não O encontraram fazendo milagres. Encontraram apenas uma criança, dependente dos cuidados da “Mãe”, sem dar qualquer sinal de poder, mas exibindo um milagre de humildade.

Na espiritualidade dos EE, o desejo de seguir Jesus, nos conduz até o “Terceiro Modo de Humildade”, cume dos EE. Muitas vezes ficamos no desejo. Mas, para quem deseja alcançar esse terceiro modo de humildade, é muito proveitoso, que mais o imitemos e o sirvamos. Pois, a “atitude mais perfeita não é, necessariamente, a mais difícil, mas a que mais plenamente coincida com a vontade divina” (Pe. Géza – comentários aos EE).

 

Contemplar o Menino que nasce e saber que podemos a partir d’Ele fazer nova todas as coisas, esta é a atenção que devemos dar a solenidade do Natal do Senhor.

Contemplar o Menino que nasce e saber que podemos a partir d’Ele fazer nova todas as coisas, esta é a atenção que devemos dar a solenidade do Natal do Senhor. Onde posso servir? “Nesse contexto, o comportamento da Mãe é de tal grandeza, que ficamos simplesmente mudos de assombro diante dessa mulher incomparável” (Inácio Larrañaga – O Silêncio de Maria). Em que sentido posso ser pobre?

Vamos, pois, seu Reino construir. Reino de Amor, de Justiça e de Paz. Que assim seja o Natal de todos. Com a proteção de Maria, em tudo Amar e Servir.

 


Eduardo Lopes Caridade

Associado da Academia Marial

Contemplar o Menino que nasce e saber que podemos a partir d’Ele fazer nova todas as coisas, esta é a atenção que devemos dar a solenidade do Natal do Senhor.
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