Não fossem, Senhora, os teus olhos de menina... Sem eles, no final deste século, onde para muitos somente a “ciência tem cetro e coroa, como homem sairia da órbita carnal e sentiria em toda plenitude o seu lado espiritual?
Não fossem teus olhos, que só os íntimos mais receptivos percebem a transmissão da primazia do amor, qual o néctar, e esperança num futuro menos robotizado? Esse tão necessário néctar sempre a induzir, o veloz bater de asas daqueles colibris que a fé guarda no peito de cada um.
Teu olhar Senhora, seja em “aparições a privilegiados ou naquela simples imagem de cabeceira jamais se fixa na vergonha e vícios humanos, mas exprimem a eterna mensagem messiânica de que para o bem alcançar, é preciso existir nos corações as imortais harmonias da inocência e especialmente, sentir no peito o bater de asas, das velozes asas dos colibris...
No peito, asas de beija-flores... E o fervor de sua fantástica velocidade em dezenas de batidas por segundo, explica o real significado dessa modélica inocência cristã que não consiste em fuga da realidade ou infantilismo, mas surge em somas de simplicidade e humildade e nunca em suas adulterações.
Sim, raras e incompreensíveis são para o mundo as harmonias da inocência! Mas também raras e incompreensíveis são aquelas flores nascidas nos pântanos. Assim tão imaculadas como a Senhora, que a terra baixa e ainda assim conserva os olhos de menina.
E pois esse olhar, que meu olfato cristão percebe em fragrância infantil , a me fornecer máximas de sempre ser mais e nunca sinal de menos.
Por isso, quero ver linhas retas embora existam curvas e a apostolicidade de beija-flor em cidade grande...
Quero a doutrina da singeleza das aves colhendo migalhas no chão. Essas benditas migalhas a dar-lhes necessária força para alçar vôos e ter desta forma não um pedaço mas todo um infinito a seu dispor...
Quero também ter cinco pães de cevada e dois peixes, para que em nome da generosidade sejam possíveis milagres...
Tudo isso quero e por acréscimo, ardentemente quisera ter de volta aqueles meus brilhantes olhos de menina...
Porque somente a eles: a esses o os limpos de menina foi dado o poder de gerar no íntimo as luzes e as forças necessárias para o bater asas, das velozes asas dos colibris.
(Para o livro Graça Plena)
Carmen Novoa Silva é membro da Academia Amazonense de Letras
Conheça a História de Nossa Senhora do Carmo
Não fossem, Senhora, os teus olhos de menina... Sem eles, no final deste século, onde para muitos somente a “ciência tem cetro e coroa, como homem sairia da órbita carnal e sentiria em toda plenitude o seu lado espiritual?
Não fossem teus olhos, que só os íntimos mais receptivos percebem a transmissão da primazia do amor, qual o néctar, e esperança num futuro menos robotizado? Esse tão necessário néctar sempre a induzir, o veloz bater de asas daqueles colibris que a fé guarda no peito de cada um.
Teu olhar Senhora, seja em “aparições a privilegiados ou naquela simples imagem de cabeceira jamais se fixa na vergonha e vícios humanos, mas exprimem a eterna mensagem messiânica de que para o bem alcançar, é preciso existir nos corações as imortais harmonias da inocência e especialmente, sentir no peito o bater de asas, das velozes asas dos colibris...
No peito, asas de beija-flores... E o fervr de sua fantástica velocidade em dezenas de batidas por segundo, explica o real significado dessa modélica inocência cristã que não consiste em fuga da realidade ou infantilismo, mas surge em somas de simplicidade e humildade e nunca em suas adulterações.
Sim, raras e incompreensíveis são para o mundo as harmonias da inocência! Mas também raras e incompreensíveis são aquelas flores nascidas nos pântanos. Assim tão imaculadas como a Senhora, que a terra baixa e ainda assim conserva os olhos de menina.
E pois esse olhar, que meu olfato cristão percebe em fragrância infantil , a me fornecer máximas de sempre ser mais e nunca sinal de menos.
Por isso, quero ver linhas retas embora existam curvas e a apostolicidade de beija-flor em cidade grande...
Quero a doutrina da singeleza das aves colhendo migalhas no chão. Essas benditas migalhas a dar-lhes necessária força para alçar vôos e ter desta forma não um pedaço mas todo um infinito a seu dispor...
Quero também ter cinco pães de cevada e dois peixes, para que em nome da generosidade sejam possíveis milagres...
Tudo isso quero e por acréscimo, ardentemente quisera ter de volta aqueles meus brilhantes olhos de menina...
Porque somente a eles: a esses o os limpos de menina foi dado o poder de gerar no íntimo as luzes e as forças necessárias para o bater asas, das velozes asas dos colibris.
(Para o livro Graça Plena)
Carmen Novoa Silva é membro da Academia Amazonense de Letras
e-mail: novoasilva@yahoo.com.br
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