Aos poucos estamos conhecendo os novos elementos que encontraremos na tradução do Missal Romano, que começaremos a utilizar em nossas celebrações a partir do Tempo do Advento deste ano. A priori devemos registrar que nessa nova tradução encontraremos um pertinente testemunho da tradição litúrgica da Igreja, que desde as primeiras horas da sua existência não deixou de exortar a comunidade eclesial a celebrar e atualizar o Mistério Pascal de Cristo. Por isso, quando a Igreja se reúne em assembleia orante, ela tudo faz em memória de Cristo, pois é ele que preside a sua comunidade.
No decorrer da História da Liturgia, sobretudo a partir do século III da era cristã, começaram a surgir no seio das comunidades primitivas textos e ritos a serem utilizados nos atos litúrgicos da Igreja. Esses textos oracionais, que eram acompanhados por uma ritualidade, começaram a expressar a lex orandi e a lex credendi da Igreja, isto é, aquilo que a comunidade era chamada a rezar e a crer. Esses textos deram origem a formulários e mais tarde aos sacramentários, que eram utilizados pelas comunidades na celebração de suas ações litúrgicas. Nas primeiras horas do cristianismo, não existia um único livro litúrgico, estabelecido para toda a Igreja. Ao pensar a Terceira Edição Típica do Missal Romano, à luz dos ensinamentos do Concílio Vaticano II, muitas orações antigas foram retomadas. Entre essas orações encontram-se aquelas rezadas sobre o povo.
Na nova tradução do Missal Romano encontraremos nos formulários para a celebração do Tempo Quaresmal 43 orações, retiradas dos antigos sacramentários, para serem rezadas sobre o povo antes da bênção final. Essas orações têm como alicerce textos das Sagradas Escrituras, nos convidando a alimentar uma importante espiritualidade bíblica.
Boleto
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.