Nesta semana, a Vatican News fez uma publicação muito importante em seu significado. O assunto é sobre o "Dia da Sobrecarga da Terra".
E o que isso quer dizer?
Leia Mais10 principais dicas para preservar o meio ambiente Reciclagem: Vantagem para o meio ambiente e para a economiaMúsicas para refletir e celebrar o Meio AmbienteNo Twitter, Francisco diz que meio ambiente é responsabilidade de todosOração do Meio AmbienteQuer dizer que, antes de chegar o mês de agosto, nós humanos, já esgotamos toda a reserva de recursos naturais do planeta para este ano. Em 29 de julho, é o 'dia em que o Planeta Azul entra no vermelho' ou, como estão dizendo por aí, o 'Dia de Sobrecarga da Terra' (em inglês, Overshoot Day).
Segundo informações da Global Footprint Network (GFN), todos os anos calcula-se o número de dias daquele ano em que a biocapacidade do planeta Terra é suficiente para suportar a "pegada ecológica" da humanidade naquele mesmo ano, ou seja, as marcas de utilização dos recursos naturais disponíveis - o quanto nós humanos "gastamos" dos recursos que o planeta dispõe.
O restante do ano corresponde ao uso excessivo global. Para calcular a data, divide-se a biocapacidade mundial (a quantidade de recursos ecológicos que o planeta é capaz de gerar naquele ano) pela 'pegada ecológica mundial' (a demanda da humanidade naquele ano) e multiplica-se por 365, que é o número de dias no calendário anual.
Estima-se que, em 2050, a humanidade consumirá o dobro do que o planeta produz. Para o economista e ativista ambiental Marcus Eduardo de Oliveira, este dia representa, na prática, que a velocidade de consumo por parte da população global é 74% maior do que a capacidade de a Terra se regenerar.
"Isso vem acontecendo desde que o planeta entrou em déficit ecológico, em 1970. Portanto, faz quase 50 anos que estamos usando e abusando da capacidade que o planeta tem em nos oferecer recursos. Ora, isso mostra com suficiente clareza a nossa ganância consumista que, por sua vez, é alimentada por um modelo econômico doentio, antiecológico e contraproducente, que somente tem a intenção de expandir a produção material. Isso é tão estúpido – e aí é que está o nó górdio - que essa expansão produtiva que chamamos de crescimento econômico - e identificamos isso na elevação do PIB -, tem sido vista e entendida como sinônimo de progresso. Logo, aí está demonstrada a nossa estupidez, até mesmo porque isso consagra a cultura consumista que entra em rota de colisão com a ideia central de procurar manter em equilíbrio as condições planetárias".
Para Marcus Eduardo, o que precisa ficar entendido é que, cada vez que ultrapassamos a capacidade que o planeta tem de oferecer recursos, os resultados são, de imediato, expressos em escassez de água potável, erosão do solo, perda de biodiversidade e acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera, condições que enfraquecem a biosfera. Para ele, enquanto todos não mudarem a mentalidade que associa o crescimento ao progresso, e enquanto não entender-se que não é com “mais coisas materiais” que as populações ficam “melhores”, esse paradigma de crescimento que aí está continuará guiando destinos, afetando as condições biológicas do planeta e, claro, diminuindo as possibilidades de alcançar qualidade de vida".
O Papa Francisco traz uma grande contribuição para a nossa reflexão sobre o assunto:
Com a encíclica Laudato Si’;
Com numerosos apelos em favor da Criação;
Por, provavelmente, retomar o tema durante o Sínodo para a Amazônia, que será realizado de 6 a 27 de outubro de 2019.
Segundo a Global Footprint Network (GFN), se conseguíssemos adiar a data do Dia da Sobrecarga em apenas cinco dias todos os anos, a humanidade já estaria em harmonia com o próprio planeta antes de 2050.
Apesar da dramática tendência negativa das últimas décadas, ainda é possível inverter a direção.
Substituir 50% do consumo de carne, com uma dieta vegetariana, contribuiria para adiar o Dia da Sobrecarga em 15 dias;
Reduzir 50% das emissões de CO2, deslocaria a data em até 93 dias.
Por isso, foi lançada a campanha “Steps to #MoveTheDate”, que indica cinco âmbitos sobre os quais pode-se agir: energia, alimentos, cidades, população e planeta. As oportunidades para agir concretamente são, por exemplo, encaminhar um diálogo sobre o problema da super população e boas práticas no local de trabalho, como a redução do desperdício de alimentos ou fazer petições aos próprios governos para a administração de recursos naturais de maneira responsável e sustentável.
Fonte: Vatican News/ Global Footprint Network (GFN)
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