Nesta quarta-feira (25), o mundo celebra o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, quando esta Pessoa da Santíssima Trindade desce a Terra, numa singela manjedoura para iniciar o plano de nossa redenção.
Esse é o centro do Natal, uma imensa celebração preparada ao longo de séculos e anunciada pelos profetas. Muitos estavam á espera da salvação que viria através do Messias, embora desconhecessem a data exata. Aí entra uma questão estudada por muitos especialistas e padres, que buscaram fazer cálculos baseados em informações bíblicas e históricas para especificar o dia exato do Natal.
Leia MaisComo Nossa Senhora gostaria que fosse o Natal?Existe uma dificuldade para obter essa informação, pois muitas foram as mudanças no calendário que seguimos. Para ter ideia disso, a Igreja do Oriente Cristão mantém a festa da Natividade do Senhor no dia 6 de janeiro, e não no dia 25 de dezembro.
O que sabemos é que por uma decisão histórica e eclesial celebramos o Natal de Jesus neste dia, com base em algumas situações que facilitaram a compreensão do verdadeiro sentido do nascimento do Filho de Deus entre nós.
Existe um registro histórico no chamado “Cronógrafo de 354”, uma espécie de calendário que já registrava a festa do Natal no século IV. Mas parece que desde o século III d.C. já temos indícios que no dia 25 de dezembro era celebrada a solenidade do nascimento de Jesus.
A Igreja Católica assumiu esse dia aproveitando da festa do deus-Sol, cultuado pelo povo romano, e relacionou essa festa com o verdadeiro Sol da Justiça, Jesus Cristo. Nesse dia, 25 de dezembro, temos o solstício de inverno no hemisfério norte, ou seja, o dia mais curto e a noite mais longa do ano.

A tradição que associa o nascimento de Jesus ao dia de hoje remonta a fontes históricas e tradições antigas da Igreja. Embora a certeza histórica sobre a data exata do nascimento de Jesus seja desafiadora, diversos padres e santos contribuíram para a consolidação da celebração natalina.
"O primeiro que afirmou com clareza que Jesus nasceu a 25 de Dezembro foi Hipólito de Roma, no seu comentário ao Livro do profeta Daniel, escrito por volta de 204. Depois, alguns exegetas observam que naquele dia se celebrava a festa da Dedicação do Templo de Jerusalém, instituída por Judas Macabeu em 164 a.C.", disse o Papa Bento XVI em audiência geral em dezembro de 2009.
Mesmo em um tempo de perseguição à Igreja, Hipólito atestou essa data, indicando que a tradição do Natal já estava enraizada antes da Igreja ter influência cultural ou política para impor mudanças.
Ao longo dos séculos, especialmente a partir do século IV, importantes Padres da Igreja, como São João Crisóstomo, Epifânio de Salamina, São Jerônimo e Santo Agostinho, apoiaram a celebração do Natal no dia 25 de dezembro. A escolha não foi uma tentativa de substituir festividades pagãs, mas sim o resultado de uma tradição fundamentada em estudos históricos e na devoção ao nascimento de Cristo.
São Lucas coloca nos lábios de Zacarias, pai de João Batista, a afirmação de que “o Sol nascente nos veio visitar” (Lc 1,78). A Igreja soube fazer de uma festa já consagrada a grande celebração da fé como forma de evangelização dos povos.
E até hoje, celebramos o Natal com muita alegria. Algumas raízes sobreviveram ao longo dos séculos, e aparecem no tempo do Natal: árvores enfeitadas e guirlandas nas portas, por exemplo, são costumes anteriores ao Natal cristão; outros símbolos, como o Papai Noel, ficaram fortes simplesmente para alavancar o mercado do consumo, mas devemos ter em mente e no coração o verdadeiro significado desta celebração: o sentido do mistério da encarnação de Deus, que se fez homem para nos salvar.
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