A palavra mártir vem do grego martyria e significa testemunha. Sendo assim, um mártir para os cristãos significa aquele que testemunhou a sua fé de modo radical. O martírio acontece quando alguém está disposto a sofrer a violência, ou mesmo deixar-se morrer pela fidelidade e por amor a Deus e aos outros. Leia MaisSantos Mártires dos nossos tempos: Comissão irá pesquisar mais de 550 casosPapa Francisco cria Comissão dos Novos Mártires na Igreja
Não faltam na vida da Igreja exemplo de pessoas que entregam sua vida por meio do martírio.
Já no relato dos Atos dos Apóstolos (Capítulo 6 e 7) encontramos a figura de Santo Estevão, considerado como o primeiro mártir do cristianismo, por isso não somente ele, mas outras pessoas, chamamos de protomártires.
"A essas palavras, seus corações ardiam de furor e eles rangiam os dentes contra Estêvão. Ele, porém, cheio do Espírito Santo, fixou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé a sua direita; e disse: 'Estou vendo os céus abertos e o Filho do homem de pé à direita de Deus”. Então, soltando grandes gritos, taparam os ouvidos e, todos juntos, lançaram-se sobre ele'" (At 7, 54-56).
Os mártires são modelos de vida coerente, verdadeiros portadores do Evangelho e suas vidas nos ensinam que é possível transcender os próprios interesses, erradicar em si toda forma de egoísmo e anunciar o Evangelho de modo radical.
Além de Santo Estevão, celebrado neste 26 de dezembro, conheça homens e mulheres que se tornaram os primeiros mártires da Igreja em suas nações e territórios.
Protomártires da Igreja de Roma
Na página do Santo do Dia, você confere mais detalhes sobre adultos e crianças que foram vítimas da perseguição do imperador Nero, entre os anos de 64 e 67 e são lembrados no dia 30 de junho.
“Como circulavam vozes que o incêndio de Roma tivesse sido fraudulento, Nero apresentou como culpados, punindo-os com penas excepcionais, os que, odiados por suas abominações, eram chamados pelo vulgo cristãos”, disse Cornélio Tácito, senador e historiador romano.
Entre os mais ilustres mártires está São Pedro, o príncipe dos apóstolos, crucificado no circo de Nero, onde surgiu a basílica com o seu nome e o apóstolo dos gentios, São Paulo, decapitado nas Águas Salvianas e sepultado na via Ostiense. Após a festividade conjunta dos dois apóstolos (29 de junho), o novo calendário quis justamente celebrar a memória dos numerosos mártires que não tiveram um lugar especial na liturgia.
Santa Tecla
Celebrada no dia 23 de setembro, a Igreja considera a primeira mulher mártir e a padroeira dos agonizantes. Nasceu na Turquia, no seio de uma família rica e pagã. Ela era uma jovem que, ao ouvir um discurso de São Paulo, largou tudo, se converteu e seguiu o apóstolo até o fim da vida.
Como aconteceu com tantos cristãos, Tecla foi perseguida, presa e agredida diversas vezes. Algumas tradições, principalmente as orientais, contam como Tecla escapou milagrosamente da morte em várias ocasiões. Tentaram queimá-la, jogá-la aos animais selvagens, matá-la amarrando-a em animais que a arrastariam até a morte, mas nada teria funcionado. Em muitas ocasiões, seus captores a libertavam com medo e ela retornava para sua missão.
Após deixar Icônio, ela foi para Selêucia onde viveu em uma caverna por 72 anos, ministrando e vivendo como eremita, sendo instrumento de Deus para curar os habitantes da região. O médico distrital ficou chateado com ela, porque as pessoas começaram a procurá-la em vez de ir até ele. Em resposta, ele contratou um grupo de pessoas para violá-la. Ao ouvir isso, Tecla fugiu e se deparou com uma rocha que milagrosamente abriu e lá ela entrou, para nunca mais ser vista.
Santa Tecla é invocada pelos fiéis devotos como a padroeira dos agonizantes e solicitada para interceder por eles contra os males da vista. A Igreja confirmou o seu culto pela tradição dos fiéis e manteve o dia em que já habitualmente sua festa é realizada.
Primeiros mártires brasileiros
Os padres André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, e vários leigos são os protomártires da Igreja do Brasil, celebrados no dia 3 de outubro. Eles foram beatificados pelo Papa João Paulo II no dia 5 de março de 2000 e canonizados pelo Papa Francisco, em 15 de outubro de 2017.
Na celebração da canonização, o Papa Francisco destacou que o sangue dos mártires regou o solo para a geração de novos cristãos: “Seu sangue regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos”.
Nesta matéria do A12 você confere que no ano de 1645, em duas oportunidades, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho de Cunhaú, às margens do rio Uruaçu, região que pertence atualmente ao município de São Gonçalo do Amarante (RN), Jacob Rabbi, um alemão que estava a serviço da Companhia das Índias Ocidentais Holandesas, realizou o massacre que vitimou os religiosos e os fiéis que celebravam a Santa Missa naquele momento.
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