Durante a Sexta-feira Santa, é comum ver fiéis se aproximando da cruz com respeito e emoção.
Esse gesto, conhecido popularmente como “beijamento da cruz”, carrega um significado profundo que passa vai muito além de uma tradição dentro do Tríduo Pascal.
O termo não é oficial da Igreja, mas ganhou espaço na linguagem popular para designar um momento específico da liturgia da Sexta-feira Santa: a adoração da Santa Cruz.
Essa parte da celebração da Paixão do Senhor, chamada Apresentação da Cruz, acontece após a Liturgia da Palavra. Um sacerdote ou diácono carrega consigo uma cruz à assembleia, no qual entoa a frase três vezes, despindo a cruz coberta por um pano roxo:
- Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo!
E os fiéis respondem:
- Vinde, adoremos!
Em silêncio ou com cânticos, os fiéis se aproximam. Alguns tocam a Cruz. Outros ajoelham. Muitos a beijam.

Segundo o Missal Romano, a adoração da cruz é um ato de veneração, não de idolatria. Os católicos não adoram o objeto em si, mas Aquele que foi crucificado nele: Jesus Cristo.
O documento orienta:
“A Cruz é apresentada para a adoração dos fiéis. Só se venera uma única Cruz, pois ela representa o madeiro da salvação.” (Missal Romano, Sexta-feira da Paixão do Senhor)

Beijar a cruz é um sinal de gratidão. O gesto mostra reconhecimento pelo amor de Jesus, que entregou sua vida para a salvação da humanidade. É um ato pessoal, íntimo, mas também eclesial — vivido em comunidade.
A origem remonta ao século IV. Segundo relatos, Santa Helena, mãe do imperador Constantino, encontrou a verdadeira cruz de Cristo em Jerusalém. A partir daí, a veneração do madeiro sagrado se espalhou entre os cristãos.
Com o tempo, a prática se consolidou na liturgia da Semana Santa, sendo mencionada inclusive nos escritos de São Cirilo de Jerusalém, no ano 350. O costume atravessou séculos e permanece vivo até hoje.

Em tempos de pressa e distração, o gesto de beijar a cruz convida ao silêncio. Faz lembrar que, na dor de Cristo, há sentido para nossas próprias dores. É uma forma concreta de rezar com o corpo e a alma.
Neste momento, refletindo Jesus Morto, há uma chance de renovar a fé e buscar conversão com o mistério da Páscoa. Afinal, a cruz não é fim — é passagem. É nela que a vida vence!
:: Você sabia que um pedaço da Cruz em que Jesus foi crucificado está no Santuário?
Fonte: ACI Digital/ Vatican News
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