O caminho de conversão de uma pessoa à fé católica, aceitando-a como sua verdade, é uma transformação interior impulsionada pela graça de Deus.
“A conversão é, antes de mais, obra da graça de Deus, a qual faz com que os nossos corações se voltem para Ele: «Convertei-nos, Senhor, e seremos convertidos» (Lm 5, 21). Deus é quem nos dá a coragem de começar de novo.” (CIC 1432)
O Catecismo da Igreja ainda afirma que quando alguém descobre a grandeza do amor de Deus, seu coração é abalado pelo peso do pecado e passa a ter o receio de ofendê-lo e separar-se dEle.
Esse processo pode acontecer de diferentes modos e vias, por intermédio de nosso Senhor, como podemos observar em nossas próprias vidas ou na vida dos santos, por exemplo.
Dentre as inúmeras histórias de conversão de santos, há aquelas que se destacam pela via intelectual, ou seja, de leituras espirituais. Foi dessa forma que alguns santos tiveram essa renovação interior que mudaria todo o curso da vida.
Esse é o caso de Santo Agostinho, Santo Inácio de Loyola e de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein). Cada um viveu um conjunto de situações que os aproximaram definitivamente de Deus, dentre elas, a leitura de obras como um fator principal.
Agostinho viveu por muitos anos em busca da verdade. Ele nasceu no norte da África, em 354 e morreu no ano 430. Foi filho de Santa Mônica e de Patrício. Sempre apresentou talento intelectual e na juventude acabou se distraindo pelas paixões e impurezas.
O papel da sua mãe na sua conversão foi muito importante, uma vez que nunca deixou de rezar para que isso acontecesse. Mas, foi pela via do intelecto, quando já havia avançado em idade, que ardeu as primeiras chamas de sua conversão.
Ele mesmo afirmou em sua obra Confissões, o que a leitura do Livro Hortênsio de Cícero lhe causou:
“Mudou minha maneira de pensar, os meus gostos e os meus sentimentos. De repente, pareceu-me que tudo era vazio e inútil, e, de uma maneira em mim inexplicável, comecei a desejar de todo o coração a verdadeira sabedoria.”
Diferente dos outros santos que falaremos abaixo, a conversão de Santo Agostinho não se deu por completo logo nas primeiras leituras, elas marcaram o princípio de um processo que durou cerca de 14 anos.
Inácio foi um militar da Espanha e viveu em um período de inúmeras mudanças na Europa e tinha o desejo de servir com bravura nas batalhas. Depois de sua conversão, tornou-se um mestre de vida espiritual e fundou a ordem religiosa chamada Companhia de Jesus.
No século XVI, marcado pela Reforma, pelo Renascimento e pelas grandes navegações, a sua Ordem Religiosa se tornou decisiva na Contrarreforma e na revitalização da Igreja Católica.
Sua conversão se deu após ser ferido em batalha e levado a uma longa recuperação. A necessidade de repouso para tratar sua perna, ocasionou também um tempo para recuperar sua alma. Nestas condições, ele pediu livros de romances de cavalaria, mas foram entregues a ele obras espirituais.
Inácio de Loyola encontrou em livros como “Vida de Cristo” de Ludolfo de Saxônia e a “Flos Sanctorum” um compilado de biografias de santos, a inspiração que transformou sua vida e o levou a seguir Cristo.
Assim como Santo Agostinho, Edith foi uma mulher ateia que buscava a verdade por meio do estudo. Polonesa e judia, nasceu em 1891 e na sua adolescência abandonou as práticas da religião judaica.
Por conta desse desejo autêntico de chegar à verdade ela se formou em filosofia tornando-se doutora. Nesse sentido, a via que Deus utilizou para levá-la a ele foi também a do intelecto.
Sua conversão ocorreu de modo “simples”, após ler, durante uma noite inteira, a autobiografia de Santa Teresa D’ávila, o “Livro da Vida”.
“Quando fechei o livro, disse para mim mesma: é esta a verdade”.
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A história destes três santos nos mostram a leitura como meio de unir os corações a Deus. Este é um convite para que possamos encontrar, nas boas obras, inspirações para uma vida com sentido, que nos leve ao chamado particular que Ele tem para cada um de nós.
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Fonte: Minha Biblioteca Católica
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