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Leão XIV: "sou filho de Santo Agostinho"

Quem foi Santo Agostinho, o santo da espiritualidade do novo Papa?

Escrito por Giovana Marques

09 MAI 2025 - 09H40 (Atualizada em 20 AGO 2025 - 10H59)

O dia 8 de maio de 2025 entrou para a história. Após despedida do amado Papa Francisco, os fiéis do mundo inteiro fitaram os olhos no novo Pontífice que surgiu, com postura doce e emocionada, pela varanda da Basílica de São Pedro. Temos um Papa, um Agostiniano.

Com grande desejo de conhecer o nosso novo pastor, o vigário de Cristo na Terra, muitos trouxeram à memória Santo Agostinho, após a fala de Leão XVI: “Sou filho de Santo Agostinho”.

Surgem, então, dúvidas e curiosidades a respeito da figura deste santo.

Vatican Media
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Quem foi Santo Agostinho?

🔴 Infância e Juventude

Nascido em Tagaste, na África do Norte, no ano de 354, Agostinho foi filho de Patrício (pagão) e Santa Mônica (cristã). Desde pequeno demonstrou grande inteligência. Ele foi criado pela mãe na fé, porém em sua juventude viveu uma vida desregrada, longe de Deus. Teve envolvimento com heresias, tornou-se adepto do maniqueísmo.

🔴 Conversão e busca pela verdade

Sua conversão iniciou por meio da intercessão persistente de sua mãe, também santa. Ela rezou por 33 anos pela conversão de seu filho. Mas outros fatos também o levaram a essa mudança, a conversão de seu pai antes da morte, seu contato Santo Ambrósio e sua busca pela verdade.

🔴 Encontro com Santo Ambrósio

Ele conheceu o bispo de Milão, Santo Ambrósio, que o impressionou pela humildade e sabedoria. A partir de então, começou a frequentar a Igreja, mas ainda hesitava em se entregar totalmente.

🔴 Conversão definitiva

Em meio a uma crise interior, Agostinho ouviu uma voz dizer: “Toma e lê”. Com isso, ele leu a Carta aos Romanos, que o tocou profundamente. Nessa experiência ele compreendeu que era hora de mudar e afirmou: “Dissipou-se toda a escuridão das minhas dúvidas.”

🔴 Batismo e vida cristã

Agostinho foi batizado por Santo Ambrósio, na Vigília Pascal de 387 e depois retornou à África e passou a viver como monge e sacerdote. Com o passar do tempo, tornou-se bispo de Hipona, escreveu obras influentes como as “Confissões” e “A cidade de Deus”. Ele é considerado Doutor da Igreja e um dos maiores teólogos da cristandade.

🔴 Herança espiritual

Santo Agostinho morreu no ano 430, em Hipona, enquanto a cidade era invadida. A partir de então fortaleceu-se seu legado.

Uma oração muito conhecida de Santo Agostinho, que está presente em seu livro Confissões, é:

Deus, que é a Verdade, dirige-se em toda a parte a todos os que o interrogam; e apesar de responder a todos o que os que o interrogam, responde a todos com coisas diferentes. Deus responde claramente, mas nem todos entendem claramente. Tarde te amei, Beleza, tão antiga e tão nova, tarde te amei! Tu estavas dentro de mim e eu te buscava fora de mim.

Em uma audiência geral sobre o santo em 2008, Bento XVI afirmou que ele “é o Padre da Igreja que deixou o maior número de obras”. Os escritos agostinianos são fundamentais para a Igreja e formação da cultura ocidental.

Confissões, sua obra mais famosa, foi escrita entre 397–400, em 13 livros. Trata-se de uma autobiografia espiritual em forma de diálogo com Deus. É uma mistura de confissão de pecados e louvor a Deus e teve grande repercussão já em vida.

📕 Características das Obras

  • Escritas com forte preocupação pastoral: tornar a fé acessível a todos.
  • Muitas homilias foram transcritas ao vivo por taquígrafos.
  • Disseminação rápida e ampla, servindo como modelo para outros pregadores.
  • Ícone tradicional de Agostinho o mostra com um livro na mão, símbolo de sua produção intelectual.

🔴 Saiba mais com um agostiniano 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez um podcast, onde o jornalista Luiz Lopes Jr. conversou com o frei Eberson Naves, secretário provincial dos Agostinianos no Brasil, sobre a espiritualidade agostiniana e sua influência no ministério do Papa Leão XIV, o primeiro Papa agostiniano da história.

Segundo frei Eberson, os escritos e o pensamento de Agostinho continuam a oferecer uma mensagem atual e profética para a Igreja:

“Santo Agostinho fala de um lugar mais clássico, de um lugar próprio, mas com o olhar para o futuro. Por isso, continua sendo uma mensagem clara para os tempos que nós vivemos, para essa contemporaneidade”, afirmou.

Com Leão XIV no pontificado, a Igreja se aproxima ainda mais da herança espiritual agostiniana, que une razão e fé, tradição e renovação. O novo Papa, ao dizer-se “filho de Santo Agostinho”, sinaliza que sua missão pastoral será profundamente marcada por esse legado: a busca pela Verdade, o diálogo com Deus e a escuta do coração.

Confira na íntegra o podcast:
🔴 Leia mais:

::. Leão: um nome papal com legado milenar

Fonte: Vatican.va / Minha Biblioteca Católica / CNBB

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