Espiritualidade

Humanidade à beira do colapso?

Como que estamos caminhando na história, enquanto humanidade?

Fr. Rafael Peres Nunes de Lima C.Ss.R.

Escrito por Fr. Rafael Peres Nunes de Lima, C.Ss.R.

05 MAR 2023 - 13H15 (Atualizada em 06 MAR 2023 - 18H23)

Como numa das grandes obras sinfônicas dos grandes músicos clássicos, como Mozart, Beethoven, Bach, a história da humanidade possui seus vários atos dentro da grande sinfonia do tempo e da história.

Nos últimos meses estamos acompanhando diversos fatos na humanidade que a levam para a beira do colapso; ou como a tradição hollywoodiana, que sempre gosta de trazer em seus filmes e séries, o apocalipse.

Não é um fato para causar tanto pânico na sociedade, mas que deve levar para uma reflexão sobre os caminhos que a humanidade vem tomando. Guerras, pandemias, extremismos políticos entre tantos fatos que causam um alvoroço caótico na humanidade e nos aproximam de ato final de nossa história. Caminhamos sobre um fino vidro, entre o caos e a ordem. Leia MaisA devoção ao Coração de Jesus: expressão do amor de Deus pela humanidadePapa: "Fraternidade é âncora de salvação da humanidade"

Como na 5ª Sinfonia de Beethoven, a reflexão sobre a morte é uma constante na vida humana. Em um primeiro ato, o homem fica tenso ao se deparar com a morte e com os terrores que causam ao pensar nela.

Mas será mesmo que o homem fica tão tenso? Com tanta violência acontecendo na sociedade pós-moderna, a reflexão sobre a morte e seus mistérios parecem ter se tornado subjetivos a cada ser humano, e o medo que tal reflexão traz é deixado para as mentes dos intelectuais e cientistas.

Num segundo ato, o homem, em sua ganância e orgulho, caminha numa marcha fúnebre e não percebe como sua vida escapa por suas mãos. Aqui refletimos sobre as tantas mortes causadas pela incapacidade humana de viver em paz com o seu semelhante, mesmo que este não siga a mesma linha de pensamento. O homem causa a própria destruição por motivos fúteis e, como no Leviatã de Hobbes, o ser humano ergue-se contra o outro, como sendo a própria sina da humanidade.

O terceiro e o quarto atos da grande sinfonia beethoviana, podemos associar àqueles homens e mulheres que lutam incansavelmente pela paz. Tal luta não é causando guerras em nome de uma “paz” ínfima e superficial; uma paz romana em tempos modernos. Mas são pessoas que, em seu dia-a-dia, buscam viver suas vidas em prol do bem do outro.

Não querem engrandecer-se, mas diminuir-se diante do sofrimento do outro, na intenção de ajudar e compreender a dor do irmão. O fino véu entre o segundo ato e os atos 3 e 4 é o que nos leva a refletir:

Como estamos caminhando na história, enquanto humanidade?

Escrito por
Fr. Rafael Peres Nunes de Lima C.Ss.R.
Fr. Rafael Peres Nunes de Lima, C.Ss.R.

Missionário Redentorista, Bacharel em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e estudante de Teologia no Instituto São Paulo de Estudos Superiores – ITESP.

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Por Redação A12, em Espiritualidade

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