Espiritualidade

Paixão de Cristo: no silêncio e adoração da Santa Cruz

Escrito por Giovana Marques

18 ABR 2025 - 07H00

Thiago Leon

“Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.” (Oração Via Sacra)

Na tarde desta Sexta-feira Santa, a Igreja se reúne em profundo silêncio para a Celebração da Paixão do Senhor. A sexta e o sábado santo, até a Vigília de Páscoa, são os únicos dias do ano em que não se celebra a Eucaristia.

Liturgia da Palavra

A celebração inicia-se em silêncio, com o sacerdote prostrado diante do altar desnudado. Em seguida, escutamos a narrativa da Paixão segundo João (Jo 18,1–19,42). É um momento de profunda meditação sobre o amor de Jesus por nós.

Adoração da Santa Cruz

No segundo momento da celebração, a cruz é apresentada à assembleia em três etapas, enquanto se canta: “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Vinde, adoremos!” Este rito deve ser realizado com solenidade e atenção ao silêncio. A cruz é colocada em local visível para a adoração dos fiéis.

Thiago Leon
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Oração Universal

De forma única, na celebração da Paixão, a Igreja reza por toda a humanidade: pelos cristãos, pelos não-crentes, pelos governantes, pelos sofredores… É um dia de intercessão universal, quando a dor da cruz se transforma em esperança para todos os povos.

Comunhão Eucarística

Embora não haja Missa, os fiéis podem comungar com hóstias consagradas na noite anterior, da Quinta-feira Santa. Após a distribuição da comunhão, o altar volta a ser desnudado e a Igreja permanece em silêncio. Não há bênção final nem envio.

A cor litúrgica é vermelha. Os cantos devem ser sóbrios, contemplativos, favorecendo o clima de oração e reverência. A igreja não possui flores, os sinos permanecem em silêncio, e todas as expressões devem refletir a dor da morte de Cristo.

Este é um dos momentos mais profundos do ano litúrgico. Um convite a abraçar a cruz, não como fracasso, mas como vitória do amor.

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“Era por volta do meio-dia, e escureceu toda a terra até às três da tarde. O sol deixou de brilhar, e o véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus, dando um forte grito, disse: ‘Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito’. E dizendo isso, expirou. (Lc 23,44-46)

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