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História da Igreja

A cidade e a queda de Roma na Idade Média

A perda do esplendor daquela que foi a capital do mundo ocidental

Pe Jose Inacio de Medeiros

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

18 NOV 2025 - 15H38 (Atualizada em 19 NOV 2025 - 14H44)

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O Império Romano foi uma das maiores potências político-militares de todos os tempos. Com grande extensão, abrangia quase toda a Europa Ocidental, o Norte da África, Oriente Médio e partes do extremo Oriente, alcançando uma população próxima dos 60 milhões de pessoas.

O apogeu do império se deu em fins do primeiro século depois de Cristo, mas movido por fatores políticos, impulsionados pela corrupção e decadência moral; por fatores econômicos como a alta inflação que impossibilitou a continuação da famosa política do “pão e circo”, levando a uma forte convulsão social e, por fim, fatores militares, o império entrou num processo de crise que facilitou a infiltração dos Povos Germânicos, que aos poucos foram retalhando o império e criando reinos menores.

A cidade de Roma se transformou na grande fonte de riquezas e diversos povos a atacaram em busca do que nela se acumulava.

No final do século V, a invasão dos Hérulos liderados por Odoacro marcou a decadência final do grande império. Para os estudiosos, a queda de Roma em 476 d.C. marca o final da Idade Antiga e o início da Idade Média, período em que a civilização ocidental passou por um forte processo de ruralização e esvaziamento das cidades.

Enquanto o Império do Ocidente agonizava, o Império do Oriente continuava em vigor, alcançando o seu apogeu em tempos de Justiniano, que embelezou a capital Constantinopla, cidade que só cairia em 1453.

A Igreja Católica se tornou a única instituição vitoriosa com a queda do Império e o Papa ocupou o vazio político, iniciando a cristianização dos novos reinos — uma missão que durou séculos graças aos monges medievais.

Perda do esplendor

Os primeiros séculos medievais foram marcados por invasões contínuas até que, no Natal do ano 800, a coroação de Carlos Magno como novo imperador do Sacro Império Romano iniciou a reconstrução da grandeza passada.

Ele fez de Aachen sua capital, enriquecendo-a com arte e engenharia.

Por volta do ano 1000, Roma era apenas uma sombra da antiga capital. Ruínas dominavam o cenário, monumentos eram desmontados e o Coliseu servia de abrigo para pobres, monges e famílias nobres.

A população, que chegara a 1 milhão no século I, agora girava em torno de 30 mil habitantes. Ainda assim, era maior que Paris ou Londres na época.

As Muralhas de Aureliano já não tinham defesa e a cidade era vítima constante de pilhagens.

Símbolo de poder e espiritualidade

Apesar da queda demográfica e administrativa, Roma permaneceu como centro da cristandade. O papado reforçou sua autoridade, preparando o caminho para sua revitalização.

O Papa se tornou a maior autoridade do mundo, “julgando, e não sendo julgado por ninguém”, submetendo reis e príncipes pela Lei das Duas Espadas.

Com o Renascimento e o fortalecimento da Igreja, Roma saiu da letargia e iniciou uma lenta reconstrução, recuperando sua posição central na cultura e política europeia.

A Basílica de São Pedro tornou-se símbolo do renascimento da cidade, atraindo fiéis e exercendo influência espiritual por meio do sucessor de Cristo na Terra.

add A importância do Fórum na Roma Antiga: Núcleo da vida social

Escrito por:
Pe Jose Inacio de Medeiros
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Missionário redentorista que atua no Instituto Histórico Redentorista, em Roma. Graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio Aparecida.

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