O Vaticano, que é o menor país do mundo, tem também o menor exército: a Guarda Suíça, conhecida como o “Exército do Papa” servindo não apenas de enfeite nas cerimônias e pontos estratégicos na basílica e na Praça de São Pedro, mas sendo responsável pela segurança do Papa.
Hoje o famoso corpo de guarda é composto por 5 oficiais, 26 sargentos e cabos e cerca de 78 soldados.
Composta por um agrupamento de cerca de cem homens, a guarda foi criada pelo Papa Júlio II, em 22 de janeiro de 1503, sendo formada por mercenários suíços, os mais conhecidos da Europa, tendo entre eles muitos jovens provenientes das famílias da nobreza daquele país.
Leia MaisCapela Sistina é centro dos Conclaves há cinco séculosO próprio Papa, em certa ocasião, se vestiu com trajes de soldado, desfilando à frente de seu exército particular como aparece numa cena do filme “Agonia e Êxtase”, de 1965, que mostra as dificuldades de relacionamento do papa com o temperamental Michelangelo, contratado para pintar o teto da Capela Sistina.
Poucos anos depois, no dia 6 de maio de 1527, 147 soldados perderam sua vida protegendo o Papa Clemente VII de um ataque do exército do imperador Carlos V. O primeiro comandante da Guarda Suíça foi Kaspar von Silenen (1506–1517).
Em setembro de 1943, os nazistas ocuparam a cidade de Roma, passando a patrulhar a cidade até a Praça de São Pedro, porém, não receberam ordem para entrar no Vaticano. Mas se tal ocorresse, a Guarda Suíça, formada por apenas 60 homens, poderia oferecer, quando muito, uma resistência simbólica.
O Papa Pio XII deu ordens para que a Guarda Suíça não derramasse sangue em sua defesa.
São necessários alguns requisitos para um jovem se tornar guarda suíço.
Ainda hoje seus componentes são requisitados no país europeu que leva esse nome. Só podem fazer parte da Guarda Suíça homens católicos, com ensino superior ou médio completo, tendo idade entre 18 e 30 anos e altura mínima de 1,74 m.
Seus componentes não podem ser casados, exceto os oficiais. Outro requisito é o de terem prestado serviço militar no exército suíço, não ter antecedentes criminais e ter uma reputação social impecável.
O tempo de serviço de um membro da Guarda Suíça é normalmente de dois anos, período que pode ser renovado num tempo máximo de até vinte anos.
Mesmo conhecendo outras línguas pelo dever de ofício, a língua oficial da Guarda Suíça é o alemão e todos seguem o lema “Àcriter et fidèliter” (“Com coragem e fidelidade”).
A Guarda Suíça dedica uma devoção especial a São Martinho, São Sebastião e São Nicolau de Flue, seus padroeiros.
Entre os monumentos históricos e religiosos, o soldado suíço, com seu inconfundível uniforme confeccionado em tecido de cetim nas cores azul-royal, amarelo-dourado e vermelho-sangue, se tornou uma atração, sobretudo, quando desfila em formação cerrada pelas áreas do Vaticano. A tradição indica que o traje teria sido desenhado por Michelangelo, o famoso artista que também pintou a Capela Sistina.
A bandeira da Guarda Suíça contém o emblema pessoal do papa e, desta forma, a corporação é a única no mundo cuja bandeira muda a cada novo chefe de estado.
Os Guardas Suíços estão presentes em todas as celebrações litúrgicas oficiais acontecidas no interior da Basílica de São Pedro e em outras capelas. Um detalhe que emociona quem presencia e chama a atenção é o fato do soldado se ajoelhar no momento da consagração, prestando continência militar a Jesus Sacramentado, num gesto de respeito e adoração.
Correu um vídeo pela internet mostrando o Papa Francisco, no início de seu pontificado, clamado pela ajuda de um guarda suíço, postado à porta de seu apartamento na Casa Marta, para que ele o ajudasse a manipular um aparelho telefônico, cena esta que, na verdade, é um recorte de um filme.
Outro vídeo mostra o Papa obrigando o soldado a sair da formação para comer um lanche.
Ainda que o Papa, sendo o primeiro comandante da guarda, pudesse fazer isso, certamente ele não o faria por estar quebrando a disciplina militar e, seguramente, o soldado depois teria que “se ver” com seu comandante.
Em maio de 2015, o Papa recomendou, sim, que o guarda suíço tentasse sempre seguir a Cristo, amando a Igreja e sendo um cristão de fé genuína.
O papa também destacou para os soldados a importância da oração pessoal, do rosário e do serviço aos pobres, doentes e necessitados.
Na ocasião, Francisco recordou que os guardas suíços “são um manifesto da Santa Sé”, devendo testemunhar aos peregrinos o amor maior que surge da amizade com Cristo, mediante o seu serviço generoso, profissional e gentil.
E agora, no último dia 08 de maio, assim que a fumaça branca saindo da janela instalada no telhado da Capela Sistina, anunciou à cidade de Roma e ao mundo a eleição do novo Papa, logo a Guarda Suíça se postou defronte da Basílica de São Pedro para prestar ao eleito, Papa Leão XIV, seu novo comandante e chefe, as suas primeiras homenagens.
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