Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica entrou em um período conhecido como “Sede Vacante”, período especial que sempre é estabelecido após a morte ou renúncia de um Papa, como foi o período entre a renúncia do Papa Bento XVI e a escolha de Francisco.
Por isso, é uma fase transitória, de curta duração, diferentemente do que aconteceu em outros períodos da história, em que a igreja chegou a ficar mais de dois anos sem um pastor.
“Em tempo de Sé Vacante, e, sobretudo, durante o período em que se desenvolve a eleição do sucessor de Pedro, a Igreja está unida em modo todo particular com os sagrados Pastores e especialmente com os Cardeais Eleitores do Sumo Pontífice e implora a Deus o novo Papa como dom de sua bondade e Providência”, afirma a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis.
A doutrina e o magistério da Igreja mostram, portanto, que a eleição do novo Pontífice nunca será um fato isolado do Povo de Deus, diz respeito somente ao Colégio dos Cardeais Eleitores, mas uma ação de toda a Igreja.
É por isso que neste tempo em todas as partes do mundo a Igreja eleva preces ao Senhor, para que a fidelidade ao Bom Pastor continue acontecendo e que o Espírito Santo ilumine os cardeais que vão aos poucos chegando a Roma, realizando as “Congregações Gerais” que definem aspectos importantes da disciplina e do encaminhamento dos assuntos necessários deste tempo.Leia MaisO Papa recebe um salário?Escutar com o coração: o legado do Papa Francisco na Comunicação
Durante o período de Sede Vacante, o cardeal Camerlengo assume os cuidados ordinários, administrando a Sé Apostólica.
Neste período as leis não podem ser alteradas e todos os que exerciam funções na Cúria Roma perdem seus cargos, menos o Penitenciário-mor e o Esmoleiro Pontifício, que cuida da caridade da Igreja, pois essa não pode parar.
O período de Sede Vacante termina imediatamente após a eleição do novo Papa.
Atribuições do Cardeal Camerlengo

Na ocasião de Sede Vacante, o chamado “Cardeal Camerlengo” preside a Câmara Apostólica, exercendo a função de cuidar e administrar os bens e os direitos temporais da Santa Sé.
Neste período, ele está entre aqueles que não entregam seu cargo e que continuam a exercer suas funções ordinárias, submetendo ao Colégio cardinalício aquilo que deveria ser apresentado ao Sumo Pontífice.
Desde o início do processo de eleição do novo pontífice, compete ao camerlengo assegurar com a colaboração externa do Substituto da Secretaria de Estado o fechamento da Casa Santa Marta e da Capela Sistina, preparando esses ambientes para o conclave.
Entre outras funções o camerlengo deve vigiar com diligência, junto a três Cardeais Assistentes para o tempore, para não ser violada a confidencialidade de tudo o que ocorre na Capela Sistina, recebendo dos Cardeais eleitores, onde se realizam as operações de votações e dos espaços adjacentes, tanto antes quanto durante e depois tais operações, os escritos de qualquer natureza, que tenham consigo, relativos ao êxito de cada escrutínio, a fim de que sejam queimados com as cédulas.
Períodos de Sede Vacante

Ao longo da história da Igreja, alguns pontífices foram forçados a renunciar por diversas razões; outros, por livre e espontânea vontade. Especialmente nos primeiros séculos da Igreja, a Sede Vacante aconteceu porque alguns Papas, como Ponciano, em 235, foram condenados a trabalhar numa mina na Sardenha.
Em 537, o Papa Silvério foi obrigado a abdicar e exilar-se na Ásia Menor. Outros, como Martinho V, foram presos e enviados para a Criméia. Temos casos especiais como o de Celestino V, que reconheceu não estar preparado para o pontificado e, por fim, Gregório XII, que renunciou em 1415.
Acontece também que, ao longo da história da Igreja, tivemos longos períodos de Sede Vacante por razões políticas e pela falta de consenso na escolha de um novo pontífice, como listamos a seguir:
Desde o século XV, quando a eleição de um novo pontífice passou a ser feita exclusivamente pelo conclave, sem influências exteriores, nunca mais a Igreja vivenciou períodos prolongados de Sede Vacante que somente ocorrem na ocasião da morte de um papa.
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