Sempre que acontece a morte de um papa, com a visibilidade proporcionada pelas grandes redes de comunicação e pelas redes sociais, surgem muitas perguntas, dúvidas e curiosidades sobre o Papa. Fatalmente uma delas acaba sendo: "Quanto ganha um Papa? Ele tem salário?". Segundo pessoas próximas, quando o Papa Francisco morreu tinha apenas 100 dólares como seus.
Pessoas menos avisadas pensam que como chefe da Igreja Católica que está presente em todo o mundo, o Papa receba um salário bem “generoso” como compensação pelos seus muitos deveres e obrigações que o levam a um constante desgaste físico, mental e psicológico. No entanto, a verdade é exatamente o contrário.
Vida marcada pela simplicidade e pobreza
Em 2001, houve rumores de que o Papa São João Paulo II pudesse perfazer um polpudo salário, mas Joaquín Navarro-Valls, que era então o porta-voz do Vaticano, acabou com as especulações sobre o salário do papa, dizendo: “O papa não recebe e nunca recebeu um salário!”.
Isso é mais verdadeiro ainda para o Papa Francisco que, como religioso jesuíta, membro da Companhia de Jesus, professou o voto de pobreza quando ingressou em sua comunidade religiosa. Ele levou a sério o voto professado tanto que como arcebispo de Buenos Aires podia ser visto andando de metrô como uma pessoa comum e mesmo depois de papa nunca aceitou se locomover em modelos de carros luxuosos, preferindo sempre os mais simples, como aconteceu em sua viagem ao Brasil, em 2013.

Apesar de um Papa não receber dinheiro na forma de um salário mensal, ele tem suas despesas de viagens e necessidades de vida assumidas pelo Vaticano. Por isso, nunca precisará se preocupar com comida ou moradia. O Papa, porém, não tem renda para fazer compras online e nem mesmo no cartão de crédito, por exemplo. O Papa não pode emitir um PIX.
Apesar disso, o papa tem acesso a um fundo de caridade que ele distribui gratuitamente para aqueles que precisam, segundo a sua vontade.
Em 2019, por exemplo, o Papa Francisco doou US$ 500.000 do fundo conhecido como “Óbolo de São Pedro” para ajudar cerca de 75 mil pessoas no México. Esse é apenas um exemplo das muitas doações que faz regularmente, na sequência de catástrofes naturais ou para áreas particularmente necessitadas devido a guerras, secas ou outras calamidades. Várias vezes durante a Guerra na Ucrânia, por exemplo, fez a doação de ambulâncias, alimentos e medicamentos para o sofrido povo do país.
Durante a pandemia da COVID-19, que atingiu fortemente o continente americano e a África, onde em algumas áreas pobres que para a Igreja são terras de missão, a escassez de meios somada ao coronavírus poderia criar situações muito difíceis, o Papa Francisco decidiu ajudar as pessoas que viviam nessas regiões criando especificamente um Fundo de Emergência administrado pelas Pontifícias Obras Missionárias. A contribuição inicial do Santo Padre para este fundo foi de 750 mil dólares vindos também do “Óbolo de São Pedro”.

Outros exemplos de simplicidade do papa se referem aos presentes recebidos. Aqueles que tem valor artístico são direcionados aos museus do Vaticano. Outros, como um modelo de veículo de uma famosa montadora, de alto luxo, que o papa recebeu, são leiloados com o resultado sendo dirigido às obras de caridade.
As vestimentas sóbrias, como a surrada batina branca, ou o relógio de pulso de plástico que não valia mais do que 50 dólares são exemplos dessa simplicidade e austeridade que o diferenciava muito das autoridades desse mundo e mesmo de certos líderes religiosos.
Por ser o pastor do rebanho de Cristo a ele confiado, o Papa deve viver segundo o Evangelho de Cristo, que não tinha um lugar de seu para repousar a cabeça, e que também não tinha salário, dependendo em tudo da generosidade das pessoas para suprir suas necessidades durante seu ministério conforme mencionado nas Escrituras.
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