A Organização Mundial da Saúde (OMS), apresenta uma lista das 17 doenças negligenciadas, das quais, 14 ainda estão ainda presentes no Brasil e causando vítimas. Vejamos alguns exemplos.
Foto: pixabay.com
A Hanseníase – o nosso país tem 34 mil pessoas doentes, representando 15,4% do número global. A tuberculose (TB) – Esta doença afeta hoje 1/3 da população mundial e mata cerca de 1.5 milhão de pessoas por ano, 80% dos casos estão concentrados em 22 países, claro, pobres, inclusive o Brasil. Anualmente são detectados 70 mil novos casos, com 4,6 mil mortes em decorrência da doença, segundo dados do Ministério da saúde. A Doença de Chagas – no Brasil, apesar de o Brasil ter sido declarado livro do Barbeiro (inseto transmissor) ainda existem cerca de 2,5 milhões de portadores crônicos da doença, e em todo o mundo são 12 milhões. Esta doença causa a morte de aproximadamente 14 mil pessoas por ano em toda as Américas. A Dengue – doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypt, sendo que o Brasil responde por 75% de casos na América Latina. Em 2013, tínhamos 1.5 milhao de casos, com 6.500 pessoas vítimas da forma maior grave da doença, provocando a morte de 537 pessoas naquele ano.
A realidade da saúde no Brasil vem sofrendo um progressivo deterioramento, seja no âmbito de falta recursos e investimentos infra estruturais, bem como na oferta dos serviços assistenciais, perante as crescentes e urgentes necessidades de cuidados de saúde de nossa população. E quem mais sofre, todos sabemos, são sempre os mais pobres e doentes, que em muitas circunstancias, morrem esperando na fila, por um atendimento mais especializado e/ou cirurgia.
Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) e divulgada recentemente (23/11/2016), aponta que a saúde é o principal problema dos brasileiros. Os dados levantados, mostram que esta é a opinião de 37% da população, que coloca suas preocupações com corrupção em 18% em segundo lugar e com desemprego 15%, em terceiro. A percepção da qualidade dos serviços de saúde (públicos e privados) é muito negativa. Para 65% dos entrevistados, esta aérea é avaliada como ruim e péssima. As regiões mais críticas são o Sudeste – Rio e S. Paulo, com 68%, o Norte e o centro –Oeste, com 66%. O mesmo ocorre nas capitais e municípios maiores, onde as notas são baixas para 74% dos cidadãos.
Para se mudar este caótico cenário, segundo a população elenca uma lista de medidas. Entre elas a prioridade máxima é o combate a corrupção, 65%, o aumento do número de profissionais da saúde, 58%; a maior disponibilidade de leitos, 50%, destinar mais recursos para a saúde, 47%, facilitar o acesso aos medicamentos, 47%; qualificar melhor os profissionais da saúde, 46%; contratar mais médicos, 45% em melhorar a infraestrutura de hospitais e prontos-socorros, 44%. Sem dúvida o povo é sábio, e esta sabedoria nasce de suas necessidades sentidas, sofridas e não dignamente atendidas (cont.)!
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