Igreja

Surda oralizada é instituída como Coroinha no Estado do Espírito Santo–ES

Kalyla Santos Rodrigues é a primeira jovem surda oralizada a ser instituída Coroinha em Paróquia do Estado do Espírito Santo–ES

Escrito por Laís Silva

23 MAI 2024 - 15H18 (Atualizada em 23 MAI 2024 - 15H30)

Paróquia Santa Clara de Assis de Colatina

Neste mês celebramos a visibilidade mundial da conscientização sobre a acessibilidade, data que busca garantir o acesso à inclusão digital e também informar sobre as dificuldades e possibilidades das pessoas com deficiência.

É dever de todos trabalhar em prol da acessibilidade para todos, em todos os âmbitos. Vale destacar que a acessibilidade é necessária em diversos lugares, não só em espaço físicos, mas também no digital, na evangelização e principalmente na comunicação.

E por falar em evangelizar, no último domingo (19) dia em que a Igreja celebrou a Solenidade de Pentecostes, aproximadamente 50 novos coroinhas foram instituídos para o serviço do altar na Paróquia Santa Clara de Assis de Colatina–ES, entre eles Kalyla Santos Rodrigues, uma jovem surda oralizada.

Nossa missão como cristãos é levar o Evangelho a todos, e a acessibilidade na Eucaristia, é um exemplo muito bonito de acolhimento, ainda mais quando o desejo da pessoa é servir. Kalyla participou dos encontros com a presença de um intérprete. E, no último dia de formação, deixou um bonito testemunho para todos os seus colegas:

“Este período formativo foi muito importante para mim. Lembro que no primeiro encontro, não havia a participação de um tradutor e intérprete de Libras/Português, me senti triste naquele momento, pois não conseguia entender claramente o que estava sendo ministrado, visto que a minha língua mais forte é a de contato, é a Libras. Após isso, conseguimos conversar e negociar com o Intérprete de Libras/Português, Vagner Neves, que é meu primo, que hoje agradeço a ele por ter me ajudado a interpretar todos os discursos da língua portuguesa para Libras e vice-versa. Confesso que foi linda a minha jornada até a formação. Agradeço também a Regina e a Elenice que também doaram um pouco de seu tempo para atuarem como intérpretes no curso. Em um dos encontros aprendi com o Frei Augusto que liturgia é fazer memória e como cristã isso passou a fazer todo sentido para mim. Com a presença de um intérprete comecei a compartilhar com todos um mesmo itinerário. É uma satisfação estar com vocês e compartilhar com todos essa caminhada”.

Durante a Celebração Eucarística presidida pelo pároco Frei Pedro de Oliveira Rodrigues e concelebrada pelo Vigário Paroquial, Frei Augusto Luiz Gabriel; Kalyla foi convidada para servir ao altar pela primeira vez. Ela não escondeu a emoção e a satisfação por poder servir.

Em sua homilia, Frei Pedro explicou que o que perpassa todos os textos litúrgicos de Pentecostes é a linguagem do amor.

“Mesmo que sejamos diversos, existe uma só linguagem, a do amor. Essa é grande novidade que Pentecostes apresenta”.

E completou afirmando que existe a necessidade da vivência da unidade na diversidade.

Pentecostes nos desafia a sabermos conviver com os diferentes. Que em nossas comunidades, nos serviços que prestamos tenhamos isso presente, nós fazemos parte de um mesmo corpo que é a Igreja”.

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