“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la” (Mc 8, 34-35)
Leia MaisJesus quer nos curar e nos dar dignidade!A liturgia deste 24º Domingo do Tempo Comum se movimenta em torno do reconhecimento da identidade de Jesus Cristo e também da sua missão, enquanto nos ensina a aceitar que o caminho da salvação somente pode ser percorrido através da obediência total aos planos de Deus, cujo ponto alto é a doação da vida aos irmãos.
O desenho da mensagem começa a ser esboçado na Primeira Leitura (Is 50,5-9a) Isaías nos fala do “Servo do Senhor”, chamado por Deus para testemunhar a sua Palavra, e cumprindo a missão enfrenta a perseguição e a tortura. Ele sabe que quem confia no Senhor e procura viver na fidelidade a sua divina vontade, vencerá toda tribulação e a morte, uma verdadeira profecia anunciando Jesus e sua missão.
São Tiago na Segunda Leitura (Tg 2,14-18), lembra aos cristãos que o verdadeiro seguimento de Jesus não se realiza com belas palavras, mas com gestos concretos de amor, de serviço e de solidariedade para com todos.
No Evangelho (Mc 8, 27-35), São Marcos revela que Jesus é o Messias, salvador e libertador enviado ao mundo por Deus Pai para anunciar a humanidade o caminho da salvação. A confissão de fé de Pedro é a mesma que se espera de todo aquele que acompanhou os passos de Jesus Cristo.
Apesar da revelação que recebe, Pedro não aceita como se realizará a missão de Cristo. O fato demonstra que toda a comunidade dos discípulos ainda possuía uma compreensão limitada do que estava previsto para o Senhor.
Atualmente, muitos cristãos ainda repetem o erro da primeira comunidade. Professam a fé na pessoa do Cristo, porém, quando ouvem que é preciso sofrer e renunciar, não demonstram estar dispostos a ser discípulo de alguém cujo destino era sofrer e morrer.
Jesus ensina que é preciso renunciar a si mesmo, tomar a cruz e acompanhá-lo na decisão de se doar pelos irmãos, até a morte se for necessário. Negar a si mesmo não quer dizer negar as alegrias da vida e viver emburrado e constante atitude azeda.
Tomar a Cruz não significa aceitar o sofrimento que emerge em nossa vida e na sociedade na forma da fome, doença, violência e injustiça. Tomar a Cruz é não se colocar no centro das coisas. É constituir uma relação fundamental na qual o centro de nossa vida é Jesus Cristo, como o centro de Sua vida foi e permanece sendo Deus Pai.
“Inspirados no caminho feito pelas pessoas que ouviram e conviveram com Jesus, a pergunta ressoa hoje aos nossos ouvidos: 'Quem é Jesus Cristo para mim?' É bem provável que, passados dois mil anos do Jesus histórico, hoje tenhamos uma identificação mais fragmentada dele. Purificar, aprofundar, pesquisar, com paciência e amor, permite-se aproximar daquele Jesus que se revelou a nós. Ele não veio para ensinar uma filosofia, mas mostrar-nos um caminho, um caminho que conduz à vida. Ele é o caminho da vida”, diz Dom Rodolfo Luís Weber, Arcebispo de Passo Fundo (RS).
Ao cumprir integralmente o plano do Pai, o Filho Jesus revela aos discípulos que o caminho da salvação não passa pelos triunfos humanos – que muitas vezes são alcançados à custa de egoísmo, corrupção e violência -, mas pelo amor e pela doação da vida.
Jesus decididamente abraça a Cruz e com ela conclui sua missão. É preciso entender que a Cruz não foi um “instante” na vida de Cristo. Ela é a conclusão de uma vida de doação. Assim como a decisão dos primeiros mártires de permanecer na fidelidade não foi uma escolha momentânea, mas o resultado de uma vida.
Muitas perguntas vêm ao nosso coração ao refletir a passagem: Qual a missão de Jesus? Estamos dispostos a segui-lo mesmo sabendo das implicações e consequências deste discipulado? Nós, batizados, discípulos e missionários, precisamos entender que não existe meio termo ou rota alternativa.
Quem quiser ser Seu discípulo, tem que percorrer corajosamente o mesmo caminho. Ser cristão é, essencialmente, seguir Jesus e fazer Dele o centro de nossa vida. É renunciar a si mesmo e tomar a mesma Cruz. E permaneçamos na certeza de que ser cristão não se trata de viver um luto eterno, o testemunho cristão exige alegria, pois a outra face da cruz é a Ressurreição.
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