"Muito impressionados, diziam: 'Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar'" (Mc 7,37)
A liturgia deste 23º domingo do Tempo Comum nos orienta sobre o poder restaurador de Deus e desta necessidade de vivermos com uma fé que age com justiça e caridade.
Leia MaisJesus nos ensina a purificar o nosso interiorCristo: verdadeiro caminho para a vida eternaEnquanto acompanhamos Jesus em direção às terras pagãs, Deus mostra este plano que salva e liberta para promover a vida e a felicidade de todos os seres humanos. A Palavra de Deus abre nosso coração e nosso entendimento para fazer sempre a vontade Dele.
O Evangelho de Marcos (Mc 7, 31-37) é uma continuidade da passagem de Jesus pela Galileia, resultando em muitas perseguições e incompreensões por parte dos líderes religiosos da época.
Por esse motivou, o Senhor escolheu ir até a região de Decápole, que por receber influências culturais gregas e romanas, era vista pelos judeus como um território pagão totalmente fora do alcance dos planos da Salvação. Neste ambiente Jesus realiza inúmeros sinais. Ali, nas atitudes de Cristo, os discípulos começam a entender que a graça de Deus veio para todos, sem exceção.
É nesta região que hoje vemos Jesus cumprir o plano de Salvação de Deus Pai ao encontrar um surdo-mudo, que sofria muito preconceito pela sua condição, seu problema físico já o fazia ser visto como um pecador.
São Marcos descreve as atitudes de Jesus, como pessoa da Trindade, um Deus criador, onipotente, mas também compassivo e clemente nas ações que se seguem. Os gestos mostram que Ele não quer somente “curar mais um doente”, mas “recriar” a pessoa.
A atitude em ficar sozinho com o homem mostra que Jesus o reconhece como pessoa, que é digno de estar na presença de Deus.
O ato de olhar para ao Céu no momento da cura, revela de onde vem a força. O último gesto de Cristo para operar o milagre é um suspiro, ato que recorda o hálito divino soprado sobre o boneco de argila para criar o homem (Gn 2, 6-7). O milagre é completado com uma palavra “Éfata! = Abre-te” que recorda o “Fiat! = Faça-se!” (Gn 1,26-27).
Jesus, quando cura o homem, o devolve ao convívio porque o torna capaz de se comunicar e finalmente criar laços familiares e comunitários com Deus e com os irmãos. Esta atitude de Cristo nos faz compreender que Deus não aceita que fiquemos fechados no egoísmo, rejeitando trilhar o caminho do amor, da fraternidade e da comunhão.
Em um mundo com tantos ruídos, todos nós podemos acabar presos em um estado de surdez espiritual, sendo assim impedidos de ouvir a Palavra. Deus restaura a dignidade dos que foram feridos pela exclusão e pelo pecado, e devemos seguir o Seu exemplo em promover mais a comunicação e a acolhida para que o mundo, ao contemplar a ação de Cristo atualizada na ação da sua Igreja, diga que nem está escrito na frase final do Evangelho deste domingo: "Ele tem feito bem todas as coisas" (Mc 7,37)
"Esta passagem é um chamado para tratarmos todas as pessoas com igualdade e dignidade, independentemente de sua condição social, econômica ou física. Não podemos esquecer que Jesus veio para todos, especialmente para os mais pobres e necessitados. Precisamos aprender a enxergar o valor de cada pessoa, assim como Jesus enxergou o valor daquele homem surdo, e como Deus enxerga o valor de cada um de nós", disse Dom Anuar Battisti, Arcebispo Emérito de Maringá (PR).
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