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A conquista do cosmos

A humanidade sempre sonhou com a conquista dos ares e do cosmos

Pe Jose Inacio de Medeiros

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

08 JUL 2025 - 11H06 (Atualizada em 08 JUL 2025 - 14H30)

Reprodução/Wikipedia

Recentemente, os cientistas da NASA conseguiram reativar os computadores e restabelecer contato com a sonda Voyager 1, que está atualmente a cerca de 24 bilhões de quilômetros da Terra, no espaço interestelar, fora da influência do sol.

Ela é o objeto construído pelo homem que conseguiu ir mais distante do nosso planeta, e mesmo tendo sido lançada há 46 anos, continua a operar e enviar dados para a Terra.

A Voyager 1 foi lançada em 1977 e, desde então, tem explorado o espaço passando por Júpiter, Saturno e indo até ao espaço interestelar. A sonda faz parte de um programa da NASA para exploração do sistema solar e do espaço interestelar, território cósmico inexplorado ao longo das bordas externas de nosso Sistema Solar.

Esse é um dos passos mais ousados na concretização do desejo do ser humano em conquistar, primeiro os ares, como era o sonho de Ícaro, personagem da mitologia grega, e depois o próprio cosmos. Nessa jornada houve ganhos, mas houve também perdas significativas. Contudo, o ser humano nunca desistiu e foi em frente!

A corrida espacial

"É um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade." (Neil Armstrong)

No dia 12 de abril de 1961, surpreendendo o mundo, o cosmonauta russo Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano a dar uma volta completa ao redor da Terra, no espaço, em 1h48min. Ao exclamar "A Terra é azul!", fez com que sua frase entrasse para a história.

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A baixa estatura, pois tinha cerca de 1,65m, garantiu que o major da Força Aérea russa Yuri Alexeievitch Gagarin, que estava então com 27 anos, ganhasse um lugar na apertada cápsula que o levaria à órbita terrestre, marcando uma vitória soviética na corrida pela conquista do espaço. Isso fez com que os norte-americanos passassem a investir pesado para chegarem à lua antes dos soviéticos.

Gagarin se tornou um herói da pátria e, depois de retornar à Terra, foi recebido por Nikita Kruschev, secretário do Partido Comunista e supremo dirigente do país, homenageado em todo o país.

Sua segunda viagem ao espaço estava programada para 1968, mas não aconteceu, pois durante um voo de treino em 27 de março de 1968, ele e um companheiro sofreram um acidente fatal.

Somente no aniversário de 50 anos do histórico voo de Yuri Gagarin, em 2011, o Kremlin tornou públicos documentos sobre a misteriosa morte do cosmonauta. O acidente teria sido causado por uma manobra brusca, dizem investigadores russos.

A corrida espacial tinha começado em 4 de outubro de 1957, com o lançamento do satélite Sputnik 1, também pelos soviéticos, e poucas semanas mais tarde, a cadela Laica foi enviada ao espaço.

Reprodução/Wikipedia Reprodução/Wikipedia Satélite soviético Sputnik


Parecia que os soviéticos colocariam vários corpos de vantagem sobre os americanos nessa corrida, mas os Estados Unidos reagiram em 1958, enviando a sonda Explorer 1 ao espaço e criando um organismo, a NASA (National Aeronautics and Space Administration, na sigla em inglês), agência nacional responsável por gerenciar todo o esforço espacial estadunidense.

Três semanas mais tarde do feito histórico de Yuri Gagarin, os Estados Unidos lançaram o astronauta Alan Shepard num voo balístico que durou apenas 15 minutos. Ele se tornou o primeiro norte-americano a ir ao espaço.

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Em maio de 1961, o então presidente John Kennedy prometeu que, até o final da década, um norte-americano pisaria no solo lunar, fato que aconteceria em 1969, ainda que existam pessoas que não acreditem que isso tenha acontecido, e que tudo não tenha passado de uma farsa armada pelos norte-americanos para mostrar o seu poderio frente aos soviéticos.

O passo seguinte foi do astronauta John Glenn que, em 20 de fevereiro de 1962, deu três voltas ao redor da Terra.

Enquanto isso, os engenheiros e o pessoal especializado soviético continuavam a trabalhar em segredo, pois o sigilo da “Cortina de Ferro” era impressionante, e eles acabaram por impressionar o mundo com uma série de recordes.

Em 1963, Valentina Tereshkova se tornou a primeira mulher a viajar pelo espaço sideral; dois anos depois, em 1965, o cosmonauta Alexei Leonov foi o primeiro a flutuar durante dez minutos fora de sua cápsula e no ano seguinte, o módulo Luna 9 pousou na Lua, se transformando no primeiro objeto construído por mãos humanas a alcançar o satélite natural da terra.

Reprodução/Wikipedia Reprodução/Wikipedia Tripulações estadunidenses e soviéticas do projeto Apollo-Soyuz, a primeira missão conjunta de ancoragem espacial


Como tudo era feito sob grande sigilo, pois era uma questão de estado os russos vencerem os americanos, apenas bem mais tarde a comunidade internacional ficou sabendo que o programa espacial soviético custou muito mais vidas humanas do que se supunha.

Foi o caso, por exemplo, do cosmonauta Alexander Komarov, que morreu em 1967 quando os paraquedas de sua nave, a Soyuz 1, não se abriram na aterrissagem e a nave se espatifou no chão.

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Mas também os Estados Unidos tiveram perdas materiais e humanas, com diversas vítimas a lamentar. Em 1967, três astronautas morreram num incêndio durante os testes de pré-lançamento a bordo do módulo de comando da primeira nave do projeto Apollo.

Apesar disso, as vitórias foram se acumulando e, em 1969, o norte-americano Neil Armstrong se transformou no primeiro ser humano a pisar na Lua.

Facilitando a vida humana no planeta

A partir desse feito, os passos foram sendo dados com maior rapidez, graças aos vultuosos investimentos feitos tanto pela União Soviética como pelos Estados Unidos, que buscaram a parceria de outros países como Canadá, França, Alemanha e Japão nos projetos que estavam sendo concretizados.

Conquistas importantes foram sendo conseguidas, como a construção da primeira estação espacial, Skylab, que foi lançada em 1973, permanecendo no espaço até 1979, quando reentrando na atmosfera terrestre, foi totalmente destruída.

Em 1998, um conglomerado de 15 países, entre eles o Brasil, lançou ao espaço a ISS, Estação Espacial Internacional que ainda funciona.

Paralelo a esse esforço conjunto, muitos artefatos humanos foram lançados em direção ao espaço para atingir outros planetas do sistema Solar e para vencer distância indo ao espaço interestelar, como a sonda Voyager que citamos no início desse artigo.

Enquanto isso, milhares de satélites foram lançados, orbitando a terra e facilitando em muito a comunicação, a previsão meteorológica, a ciência global e mesmo a segurança de muitos países que deles se utilizam como armas de guerra.

Reprodução/Wikipedia Reprodução/Wikipedia Ônibus espacial americano Atlantis ancorado na estação espacial orbital soviética Mir


Não é mais possível a gente imaginar o que seria da humanidade hoje se não existisse a quantidade de satélites que orbita o nosso planeta. Atualmente, existem cerca de 13,8 mil satélites em órbita e estima-se que, em 2030, este número possa chegar a 60 mil.

No entanto, a maioria dos objetos lançados ao espaço, mais de 20,2 mil, já estão desativados e, junto com outros detritos, constituem o chamado “Lixo Espacial”.

A vida humana é muito facilitada quando o ser humano usa de sua inteligência e de suas capacidades para o bem. Pena que isso nem sempre acontece, mas na grande aventura humana da conquista do espaço tudo começou com um pequeno passo.

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Escrito por:
Pe Jose Inacio de Medeiros
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Missionário redentorista que atua no Instituto Histórico Redentorista, em Roma. Graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio Aparecida.

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