A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos está causando sérias preocupações no mercado econômico mundial devido às medidas que ele está tomando, como, por exemplo, a elevação exagerada dos juros sobre os produtos importados de outras nações.
Os países exportadores foram penalizados com taxas que variam de 10 a 90%. A China está sendo o país que mais sofre com essas taxas, pois o seu desenvolvimento causa preocupação aos Estados Unidos.
Existem analistas que, vendo o ritmo acelerado de crescimento de sua economia, já preveem que em décadas a economia chinesa passará a da poderosa nação norte-americana, e a China, que tem população acima de 1,4 bilhão de pessoas, bem superior os 340 milhões de norte-americanos, se tornará a primeira potência do mundo.
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O contexto da economia mundial atual se aproxima muito da situação que o mundo vivia antes da Segunda Guerra Mundial, sobretudo, com a grande crise que levou ao “crash” da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, instaurando uma das maiores crises econômicas que o mundo já viveu.
O processo de entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial foi na maioria causado pelo momento econômico complicado em que a nação vivia.
Para entender a fase difícil enfrentada pelos Estados Unidos durante a década de 1930, é fundamental entendermos o que foi a crise de 1929, os principais motivos para seu desmoronamento e o efeito causado após sua ocorrência.
Logo perceberemos que a entrada do país na guerra não foi apenas por “boa vontade” para com os aliados que estavam sendo encurralados pelos adversários, mas por puro interesse dos norte-americanos.
O país viu a possibilidade de sair da crise, movimentando ainda mais a sua economia. O que aconteceu, visto que passadas as duas grandes guerras, a nação ascendeu à condição de primeira potência do mundo.
A crise de 1929 ocorreu devido a uma série de erros que levaram ao caos econômico mundial. Dentre os erros, podemos destacar a expansão do crédito como o grande vilão, ou seja, na época estavam sendo ofertados títulos ou empréstimos facilitados para a população em geral através do Federal Reserve System, uma espécie de banco central dos Estados Unidos.
Desde o início da década de 1920, esse ato se tornou a forma mais comum da população adquirir riquezas, fazendo empréstimos a longo prazo, mas recheados de pesados juros.
A “bomba econômica” ocorreu no final da década, quando o governo precisou segurar o avanço da expansão monetária, a fim de conseguir ajustar as contas e gastos, devido à participação na Primeira Guerra Mundial, que não estava nos planos dos norte-americanos.
Entre meados de 1928 e início de 1929, o governo diminuiu a oferta monetária, passando a operar uma política econômica mais austera, restringindo os empréstimos, ou seja, de uma hora para outra, o “dinheiro ficou curto” para todos.
O problema é que após muitos anos acostumada com dinheiro fácil, a população não gostou da nova política econômica americana e, temendo a desvalorização da moeda, milhares de pessoas e empresas começaram a retirar sua poupança dos bancos, desencadeando um processo de recessão que nunca tinha sido visto.
Para tentar controlar o complicado momento, o governo tomou algumas medidas que não surtiram o efeito desejado. Para controlar a recessão, limitou os salários e os preços de produtos, impediu o saque de valores altos dos bancos e, sobretudo, aumentou exageradamente as taxas comerciais e impostos, agravando ainda mais a crise.
Aí está o risco que o mundo corre agora, pois, aumentando em excesso os juros, os Estados Unidos podem estar provocando um processo de recessão mundial.
No dia 24 de outubro de 1929, aconteceu a chamada “quinta-feira negra”, quando houve uma queda vertical na bolsa de valores devido à falta de compradores. Alguns dias depois, em 29 de outubro, aconteceu então a “terça-feira negra”, quando diversos lotes de títulos foram colocados à venda na Bolsa de Valores.
Este ato, impensado ou não, se transformou num problema ainda pior, pois mesmo vendendo as ações a preços baixíssimos, isso não atraiu compradores e, por consequência, desvalorizaram ainda mais as empresas, gerando a falência de milhares de empreendimentos e cerca de 12 milhões de americanos acabaram perdendo o emprego.
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A situação econômica entrou então num ritmo de bola de neve, pois os bancos não tinham reservas e as pessoas não tinham dinheiro para consumir. Por causa disso, o comércio passou a vender menos que o normal, provocando a crise com força total até 1933.
As taxas de desemprego batiam a casa dos 25%, espalhando-se para todo o mundo, chegando até o Brasil.
Foi naquele tempo que a história registrou a diminuição absurda do preço do café, principal produto de exportação brasileiro. Como tinha café de sobra e dinheiro de menos, o Brasil ordenou que milhares de toneladas do nosso “ouro verde’ fossem queimadas ou jogadas ao mar para forçar a subida de seu preço.
Em 1933, Franklin Delano Roosevelt foi eleito presidente dos Estados Unidos e, junto com o economista John Maynard Keynes, criou o plano econômico chamado “New Deal”, tomando várias medidas para reerguer a economia enfraquecida.
Entre elas se destaca o investimento em obras públicas, como forma de gerar empregos; a destruição de estoques de produtos agrícolas, para conter a queda dos preços; controle dos preços e da produção industrial; diminuição da jornada de trabalho; fixação de um salário mínimo e criação do seguro-desemprego e seguro-aposentadoria.
Ainda no contexto da crise econômica, dos milhares de soldados enviados para as frentes de batalha no Pacífico contra o Japão, na Europa e em outras partes do mundo, muitos eram desempregados.
Desta forma, o país conseguiu também resolver na maioria o problema do desemprego. Existem estudiosos que afirmam que a entrada dos Estados Unidos na guerra, após o ataque japonês a Pearl Harbor, foi provocada.
Ou ao menos a iminência de um ataque já era do conhecimento dos americanos, que tinham interesse na guerra para com ela saírem do contexto de crise em que viviam, aumentando o “patriotismo” e evitando as pesadas críticas que o governo sofria.
O New Deal não elevou a economia americana ao patamar que conhecemos hoje, mas ajudou a retirar o país da grande depressão, estabilizando os empregos e aquecendo a economia; a entrada na Segunda Guerra levou à reativação da indústria bélica com a produção em massa de alguns setores.
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Após a guerra, com o espólio da vitória e com os empréstimos feitos aos países vencedores que estavam com sua economia em frangalhos – bem como os empréstimos feitos ao derrotado Japão, a economia norte-americana se reergueu de vez.
Portanto, o cenário mundial hoje aponta para um grave risco de crise econômica. Na Europa, há um forte risco de que a guerra na Ucrânia ultrapasse as suas fronteiras, envolvendo outros países e a China, aproveitando-se disso, possa caminhar ainda mais velozmente para se tornar a maior potência do mundo, desbancando os norte-americanos.
Não é à toa que o Papa Leão XIV, desde o seu primeiro pronunciamento ao ser eleito, tem falado de paz e de solução pacífica dos conflitos, pois ele, mais do que qualquer pessoa, sabe o risco que o contexto mundial está trazendo, sobretudo, para os mais pobres e necessitados. Os poderosos provocam a guerra, mas eles mesmos não vão para as frentes de batalha!
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