O caso de crianças concebidas em estupros de guerra foi um dos temas abordados pelo observador permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, em debate que precedeu a votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A sessão aprovou, na quarta-feira, (24), uma resolução contra o estupro como arma de guerra.
Eliminado referência à “saúde reprodutiva”
A resolução foi aprovada com 13 votos a favor e duas abstenções (Rússia e China) e foi, inicialmente, contestada pelos Estados Unidos, porque continha referências para a assistência à “saúde reprodutiva”, que envolvia o apoio a práticas abortivas.
No texto final, essa referência foi eliminada junto com a parte relativa à criação de um novo mecanismo, a fim de monitorar e assinalar tais atrocidades na guerra, devido à oposição dos Estados Unidos, China e Rússia.
Fim da impunidade e direitos das crianças
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Em seu discurso, Dom Auza também chamou a atenção para o problema das crianças que são fruto de violência sexual nas áreas de conflito. “Os direitos humanos dessas crianças devem ser respeitados e garantidos, como para qualquer outra criança. Segundo a Santa Sé, essas vidas inocentes devem ser acolhidas e amadas, não estigmatizadas ou rejeitadas. Sobretudo, não deve ser negado a elas o direito de nascer.”
Ajuda
No discurso do representante da Santa Sé, pode ser notado que é crucial que a ONU possa ajudar sobreviventes e vítimas de abusos a encontrar cura e esperança, além de criar mecanismos mais sólidos contra a impunidade.
Fonte: Vatican News
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