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Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

“Machucar uma mulher é insultar a Deus, que de uma mulher assumiu nossa humanidade” - Papa Francisco

Escrito por Isabela Araujo

25 NOV 2022 - 14H43 (Atualizada em 25 NOV 2022 - 15H23)

Shutterstock/ Opat Suvi

Leia MaisDia Internacional pela Eliminação da Violência contra a MulherA violência contra a mulherMês de reflexão e ação: enfrentamento da violência contra a mulher“Toda a violência infligida à mulher é profanação de Deus” Papa Francisco

Em uma realidade em que uma em cada três mulheres sofre violência no mundo ao longo de sua vida (de acordo com dados coletados e divulgados pela OMS e parceiros), não há lacunas para dúvidas pairarem: as mulheres precisam de mais respeito, mais ajuda, mais medidas para lhes assegurarem.

O dado acima faz referência a violências físicas ou sexuais, que podem partir dos parceiros ou não parceiros das vítimas. São mais de 700 milhões de mulheres que vivem com essa dor, seja ela em seu dia a dia ou presente em sua memória.

Shutterstock/ fizkes
Shutterstock/ fizkes

Vale lembrar que em meio à pandemia de Covid-19, com o maior número de pessoas reclusas, foi evidenciado o aumento no número de vítimas de violência contra a mulher, a chamada “Pandemia das sombras”.

Quase 40% das mulheres que vivem em países mais pobres são violentadas por seus parceiros, sendo o número ainda mais expressivo e preocupante quando se observa mulheres entre 15 e 49 anos.

A partir disso, não é difícil compreender o porquê do aumento da violência contra mulher em meio à pandemia, já que muitas mulheres foram obrigadas a ficarem em suas casas junto de seus agressores por mais tempo que o habitual.

Assista ao vídeo publicado pela ONU durante a pandemia

“Maridos, amai vossas mulheres e não as trateis com dureza.” (Colossenses 3,19).

Violência contra a mulher e a Igreja

Papa Francisco

O Vatican News produziu um vídeo especial para o dia de hoje, a partir da reflexão do Pontífice no dia 1º de janeiro de 2020, Dia da Paz e Solenidade de Maria Santíssima, Mãe de Deus.

Vale lembrar que o assunto é abordado pelo Papa não apenas no dia de hoje, mas em diferentes outros pronunciamentos.

“Hoje, ainda existem mulheres que sofrem violência. Violência psicológica, violência verbal, violência física, violência sexual. O número de mulheres espancadas, ofendidas e violadas é impressionante. As diversas formas de maus-tratos que muitas mulheres sofrem são uma covardia e uma degradação para toda a humanidade. Para os homens e para toda humanidade. Os testemunhos das vítimas que se atrevem a quebrar o silêncio são um grito de socorro que não podemos ignorar. Não podemos olhar para o outro lado. Rezemos pelas mulheres que são vítimas de violência, para que sejam protegidas pela sociedade e o seu sofrimento seja considerado e escutado por todos” - Papa Francisco em “O Vídeo do Papa”, divulgado em fevereiro de 2021 .

#ParaCadaUma

Em agosto deste ano, foi lançada pela ONU a campanha #ParaCadaUma, que tinha como objetivo abordar os diferentes tipos de violência contra a mulher: psicológica, moral, patrimonial, sexual e física, para que gere conhecimento para o enfrentamento.

A ação fez parte de uma iniciativa global Verificada da ONU, apoiada institucionalmente pelo Instituto Maria da Penha e Instituto Avon e teve entre os colaboradores a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Dom Walmor, presidente da CNBB, ao motivar a adesão à campanha, fez um vídeo destinado aos cristãos em que abordou a necessidade de se pronunciarem perante tal realidade.

Se você fica neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado do opressor. Não ao silêncio que mata, não a indiferença que fortaleça os covardes! A violência contra as mulheres pede denúncia, conclamam uma reação da sociedade, pois não existe paz diante da injustiça– Dom Walmor.

Reprodução/ ONU
Reprodução/ ONU


UNA-SE

Desde 2008 a ONU Brasil (Organização das Nações Unidas) realiza a campanha do secretário-geral para o “Fim da Violência contra as Mulheres”.

Entre os dias 20 de novembro e 10 de dezembro as agências de fazem parte da organização permanecem em mobilização de governos, parlamentos, sistema de justiça, empresas e sociedade civil para colaborar com o debate e construção de um país melhor para as mulheres.

As pessoas são convidadas a utilizar a cor laranja nas redes sociais, bem como nas ruas, como forma de propagação da campanha. Vale ressaltar que a campanha também ocorre a nível mundial, com início no dia 25 de novembro.

Reprodução/ Governo Federal
Reprodução/ Governo Federal


Formas de pedir ajuda

Se você precisa de ajuda ou conhece quem precisa, abaixo seguem algumas alternativas.

  • Emergências – Acione a Polícia Miliar pelo telefone: 190;
  • Central de Atendimento à MulherLigue 180 para registrar e encaminhar denúncia de violência contra mulher;
  • Para compreender mais, pedir ajuda e conhecer a Lei Maria da Penha, bem como o Instituto, acesse institutomariadapenha.org.br;
  • Para receber apoio em níveis de acolhimento, judicial, psicológico e afins- plataformamulhersegura.org.br.
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