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Por que o coração de Dom Pedro I é preservado pela Igreja?

Em comemoração aos 200 anos da Independência, relíquia poderá ser vista pelo público até o dia 7 de setembro

Escrito por Alberto Andrade

24 AGO 2022 - 11H40 (Atualizada em 24 AGO 2022 - 12H25)

Irmandade da Lapa

Desde a última segunda-feira (22), de forma inédita em 187 anos, o coração de nosso primeiro imperador está em terras brasileiras, vindo da cidade do Porto, em Portugal.

Leia Mais"Independência ou Morte": Como explicar a unidade política do Brasil"Independência ou Morte": A construção do processo de independênciaO órgão está no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), para a celebração dos 200 anos da Independência do Brasil, e a partir desta quinta-feira (25), estará disponível para autoridades, convidados e visitação de escolas previamente agendadas. Para o público em geral, a relíquia será exibida aos finais de semana, em horários a serem definidos até o dia 7 de setembro, e no dia 8 já retorna para Porto.

“O coração do imperador será recebido com todas as honras de Estado, seguindo o mesmo ritual dispensado durante as visitas de chefes de outros países. Ele será tratado como se Dom Pedro I  estivesse vivo entre nós”, informou Alan Coelho de Selos, chefe do cerimonial do Itamaraty.

Marcelo Camargo - Agência Brasil
 Marcelo Camargo - Agência Brasil
Relíquia foi recepcionada por autoridades em Brasília no dia 22 de agosto


O que une o coração do imperador e a Igreja Católica?

Quando o rei Dom João VI morreu, Dom Pedro IV, como é conhecido em Portugal assumiu o trono, e pouco tempo depois abdicou em favor da filha Maria da Glória, que tinha apenas sete anos e estava prometida em casamento ao tio Dom Miguel. Ele, no entanto, tomou a coroa da sobrinha, levando os irmãos ao conflito final na Guerra Civil Portuguesa, em 1834.

Pedro saiu vitorioso da batalha e assegurou a coroa para a filha, que se tornou a rainha Maria II de Portugal. Mas o primeiro imperador do Brasil não teve muito tempo para comemorar a vitória, já que morreu de tuberculose naquele mesmo ano. Um pouco antes, o monarca desejou que quando morresse, o seu coração ficasse na cidade do Porto, onde derrotou seu irmão.

Para cumprir a promessa de seu pai, a rainha Maria II escolheu a Irmandade de Nossa Senhora da Lapa para guardar o coração do rei, porque ele gostava de acompanhar a missa nessa igreja. Os outros restos mortais do imperador estão no Brasil, na cripta imperial, no Parque da Independência, em São Paulo (SP).

Seu coração é guardado e conservado pela Irmandade da Lapa, desde sua morte, há 187 anos. Ele encontra-se em um vaso de vidro embebido em formol. Nos eventos, como do Palácio do Planalto, a cápsula estará dentro de um cálice de prata dourada, revestida por uma urna de madeira.

Além de atender à solicitação brasileira, a Irmandade também deu aval para que a relíquia fosse exibida pela primeira vez ao público português. Após voltar do Brasil, os portugueses terão nova oportunidade para ver de perto o órgão nos dias 10 e 11 de setembro.

Bicentenário é destaque no A12

Como estamos próximos da data histórica, aqui no A12 você pode conferir que o ainda príncipe regente Pedro esteve em Aparecida 15 dias antes da proclamação da Independência. Neste link informamos também que o A12 irá lançar em breve o documentário “A Igreja nos 200 anos de Independência", mostrando como a fé católica influenciou de forma direta nas origens do nosso País.

Dom Orlando fala sobre a Independência do Brasil



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