Na Audiência Geral desta quarta-feira (18), o Papa Leão XIV refletiu sobre a cura do paralítico narrada no capítulo 5 do Evangelho de João.
A cena, ambientada na piscina de Betesda, mostra um homem há 38 anos paralisado, que se dizia sem ajuda para alcançar a água quando ela se movia.
Para o Pontífice, essa história revela algo profundo sobre a vida de todos nós.
A paralisia, nos Evangelhos, não representa apenas uma limitação física. “Ela simboliza momentos em que nos sentimos travados, encurralados, sem coragem de seguir em frente”, disse o Papa. É o retrato de quem, diante de frustrações e obstáculos, se acomoda.
O Santo Padre alertou: “Às vezes, preferimos continuar doentes, obrigando os outros a cuidar de nós”.
Dessa forma, cair na resignação pode parecer mais simples do que encarar as próprias escolhas. E muitas vezes, isso se transforma em uma desculpa. “Por vezes, é também um pretexto para não decidir o que fazer com as nossas vidas”, relembra Leão XIV.
Jesus, porém, não aceita essa paralisia. Ao se aproximar do homem doente, faz uma pergunta direta: “Queres ficar são?”. A pergunta é o ponto de virada, um convite para assumir a própria história. O Papa destaca que, com essa atitude, Cristo ensina a tomar as rédeas da vida com fé e coragem.
“O que nos paralisa, muitas vezes, é precisamente a desilusão”, disse Leão XIV. “Mas Jesus nos convida a levantar, caminhar e escolher um novo rumo. Com Ele, é possível superar a estagnação e recomeçar.”
O local da cena, a piscina de Betesda, cujo nome significa "casa da misericórdia", foi lembrado pelo Papa como uma imagem da Igreja. É ali que os frágeis se encontram, esperando cura e consolo. E é ali que Cristo entra para tocar as feridas e reacender a esperança.
Ao final, o Papa fez um apelo direto:
“Peçamos ao Senhor o dom de compreender onde a nossa vida parou. Rezemos por todos aqueles que se sentem paralisados. E procuremos viver no Coração de Cristo, a verdadeira morada da misericórdia.”
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