60 mil fiéis estiveram presentes em um dia ensolarado na Praça de São Pedro, no Vaticano, para a tradicional celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.
O Papa Francisco abençoou e aspergiu com água benta os ramos de oliveira, o símbolo deste domingo (24), que os presentes seguravam na mão. Em seguida, foi realizada uma procissão com mais de 400 pessoas que levavam os ramos, que se dirigiram do centro da praça para o sagrado.
A Liturgia da Palavra da celebração eucarística incluiu a leitura cantada da Paixão de Jesus, extraída novamente do Evangelho segundo Marcos (Mc 15, 1-39). Por meio das palavras do evangelista, as passagens do sofrimento de Cristo foram revividas.
A encenação da Paixão foi seguida por um momento de silêncio. Um sofrimento, o de Cristo, que contém as dores de todos os tempos e de toda a humanidade; e a humanidade, com suas fragilidades, foi apresentada ao Senhor na oração universal dos fiéis que concluiu a Liturgia.
Foram realizadas orações pela Igreja, para que “busque sempre a unidade, a reconciliação e a comunhão”; pelos governantes “chamados a cultivar a paz e o bem dos povos”; por todos os homens e mulheres que sofrem; pelos cristãos perseguidos; por toda comunidade cristã, para que “seja testemunha de sua própria fé, na oração e na caridade”.
Após a oração Mariana do Ângelus no fim da celebração, Francisco rezou pelas vítimas do massacre em um complexo comercial nos arredores de Moscou, capital da Rússia, que deixou ao menos 133 pessoas mortas na sexta-feira (22). A autoria do ataque foi admitida pelo Estado Islâmico. Quatro pessoas foram presas por ligação com a ação terrorista.
“E garanto-vos a minha oração pelas vítimas do covarde ataque terrorista perpetrado outra noite em Moscou. Que o Senhor os acolha na sua paz e conforte as suas famílias. Que ele converta os corações daqueles que planejam, organizam e executam estas ações desumanas, que ofendem a Deus, que ordenou: 'Não matarás'” (Ex 20,13)
O Santo Padre também reforçou o pedido de oração pelos conflitos entre Israel e os palestinos do Hamas, e também “em modo especial na martirizada Ucrânia, onde tantas pessoas se encontram sem eletricidade por causa dos intensos ataques contra as estruturas que, além de causar morte e sofrimento, trazem o risco de uma catástrofe humanitária ainda maior”.
Francisco também se solidarizou para a comunidade colombiana de paz de San José de Apartadó, onde nos últimos dias foram mortos uma mulher e um jovem, esposa e irmão de um dos líderes da comunidade que, lembrou Francisco, “em 2018 foi premiada como exemplo de comprometimento pela economia solidária, pela paz e os direitos humanos”.
Acompanhe novamente a celebração de Ramos no Vaticano
Fonte: Vatican News
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