Após a visita apostólica de cinco dias à Mongólia, o Papa Francisco voltou a realizar a oração do Angelus na Praça de São Pedro, na manhã deste domingo (10).
Ao reencontrar os fiéis peregrinos no Vaticano, o Santo Padre refletiu o Evangelho de hoje (Mt 18, 15-20) que fala da "correção fraterna", uma das expressões mais elevadas do amor e também uma das mais exigentes, ao exercermos o amor ao corrigir o irmão ou a irmã que comete algum erro, e não com críticas e ofensas.
"Isso não é correto, irmãos e irmãs, isso não agrada a Deus. Não me canso de repetir que a fofoca é uma praga na vida das pessoas e das comunidades porque leva à divisão, leva ao sofrimento, leva ao escândalo, e nunca ajuda a melhorar, nunca ajuda a crescer", disse Francisco.
Quais os passos para a correção fraterna?
O Papa nos ensina que primeiro de tudo, o próprio Jesus nos ensina que quando alguém comete uma falha, que conversemos com essa pessoa "cara a cara", de forma direta e justa, para ver como podemos ajudar, sempre com mansidão e gentileza.
Assim como no Evangelho escrito por São Mateus, se isso não for suficiente, é preciso buscar ajuda de pessoas com reta intenção. "Mas cuidado: não aquele grupo de tagarelas!", alerta o Pontífice.
E se mesmo assim, a pessoa não quer mudança, é necessário envolver a comunidade, mas como Francisco orienta sempre com respeito e gentileza.
"Não significa ridicularizar a pessoa, envergonhá-la publicamente, não, mas sim unir os esforços de todos para ajudá-la a mudar. Apontar o dedo contra as pessoas não é bom; na verdade, muitas vezes torna mais difícil para quem errou reconhecer o próprio erro.
Em vez disso, a comunidade deve fazer com que ele ou ela sinta que, ao mesmo tempo em que condena o erro, está próxima com a oração e com o carinho à pessoa, sempre pronta a oferecer o perdão, a compreensão e a começar de novo".
E como é dito no versículo 17 do Evangelho, "Se não quiser atender nem mesmo à comunidade, considera-o como um pagão e um publicano" (Mt 18,17).
Após pedir a intercessão de Nossa Senhora, que mesmo com a condenação de seu Filho continuou a amá-lo, o Santo Padre finalizou seu ensinamento nos trazendo mais reflexões sobre a correção fraterna.
"Como eu me comporto com quem erra contra mim? Será que guardo isso pra mim e acumulo ressentimentos? Rezo por ele ou por ela, peço ajuda para fazer o bem? E as nossas comunidades cuidam daqueles que caem, para que possam se levantar e começar uma nova vida? Apontam o dedo ou abrem os braços? O que você faz? Você aponta o dedo ou abre os braços? Pensa!".
Acompanhe o Angelus deste domingo (10)
Fonte: Vatican News
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