O caminho de Jorge Bergoglio, que há 12 anos ficou conhecido mundialmente como Francisco, foi marcado por uma simplicidade que permaneceu mesmo após sua elevação à liderança da Igreja Católica. Para a Rede Aparecida de Comunicação, amigos brasileiros próximos do Papa compartilharam lembranças do atual pontificado e do período anterior à sua ascensão ao Vaticano.
Para a TV Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida, sempre teve uma relação próxima ao Papa Francisco.
O jornalista Eduardo Miranda relembrou que, em março de 2013, Dom Damasceno se sentou ao lado do eleito Papa Francisco no ônibus dos cardeais rumo à primeira missa do seu pontificado, na Capela Sistina, e o Cardeal relembrou com alegria este momento.
"Nesse momento aproveitei esse espaço de tempo para convidá-lo para vir a Aparecida ali, recordando um poucos da Conferência de Aparecida em 2007, quando ele esteve ali por 20 dias, do hotel onde ele se hospedou, pois marcou muito a vida dele aquela permanência no Santuário. Como ele dizia, o resultado da Conferência foi justamente devido às orações dos romeiros e dos peregrinos que rezavam na Casa da Mãe durante o encontro".
Dom Raymundo nos fala do estilo simples e próximo das pessoas que não mudou, desde a época em que Bergoglio era Cardeal.
"O gerente do hotel onde ele se hospedou me falou que, em 2007, ele era o último a chegar no local, por volta das 23h. Ele comia uma refeição leve para poder dormir e recuperar novamente as forças para o trabalho do dia seguinte".
O cardeal também explicou do retorno de Jorge Bergoglio, já como Papa, em Aparecida, durante a Jornada Mundial da Juventude em 2013.
"Ele nos deixou uma mensagem muito bonita ao Santuário na sua homilia. Eu tive o prazer de oferecer-lhe a imagem de Nossa Senhora Aparecida que ele acolheu com tanto carinho, né com tanto amor. Ele esteve na Capela dos Apóstolos para prestar a sua homenagem, sua veneração à Mãe Aparecida e rezar também a consagração né do nosso Brasil a esta nossa Mãe e Padroeira do Brasil".
Ao fim da entrevista para a TV de Nossa Senhora, Dom Damasceno respondeu à pergunta de Raiane Brancatti, sobre a perda do Santo Padre e do amigo Jorge Bergoglio.
"É um momento de pesar pelo falecimento do Papa Francisco em que a gente se sente como que órfão. O Papa é o pastor universal da Igreja, portanto é o pastor de todos nós católicos e sempre numa relação também fraterna com as demais religiões cristãs ou não cristãs. Essa presença dele realmente esse gesto é muito bonito. Ele sempre mostrou essa apreciação pela devoção pela espiritualidade popular. Ele tinha um apreço muito grande e uma devoção muito grande a Nossa Senhora! Na homilia da missa de 2013 ele disse para sempre acolher as surpresas de Deus como os pescadores lá no Rio Paraíba após encontrarem a imagem, e esse acolhimento precisa ser com alegria e esperança como nos lembra também o próprio Ano Jubilar que estamos celebrando, porque a nossa esperança está fundada em Cristo que venceu o mal, portanto, essa esperança não nos engana, ela é segura porque Cristo realmente cumpre e realiza tudo aquilo que ele promete".
O redentorista e o Santo Padre
Outro testemunho de amizade e fraternidade é do missionário redentorista Padre Célio Lopes, que para o repórter Eduardo Gois, relatou como o ainda Cardeal Jorge Bergoglio estreitou laços com o sacerdote.
"Por ocasião da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe (CELAM) em 2007, aqui em Aparecida, eu tinha um ano e meio de ordenação e trabalhava de vigário paroquial na Basílica Histórica com o padre Elias Guimarães. O cardeal Bergoglio ficou hospedado lá perto da nossa casa, num hotel próximo à Basílica Histórica, e ele era o secretário do CELAM.
E ele apareceu na sacristia para concelebrar a Missa. Na hora do ofertório, ele que foi servindo, dispensou os ministros, falou: 'Deixa que eu ajudo'.
Era uma quinta-feira, dia de adoração, então eu falei para ele 'O senhor pode dar a bênção do santíssimo?' E ele falou: 'Isso eu posso fazer'. Aparecida é cheia de muitos 'vivas' e aplausos. Uma coisa bem popular. O Cardeal Bergoglio se espantou quando eu pedi palmas, porque achou que eu ia pedir palmas para ele. Daí eu falei 'Uma salva de palmas para Jesus'. Aí ele deu uma acalmada, eu falei 'E também para o nosso bispo Dom Jorge'. Daí ele riu, deu e agradeceu e fomos para sacristia.
E ele disse assim: ‘Muito bem, palmas, primeiro para o mais importante (Jesus), depois para mim o insignificante’. Os dias foram passando, e quando ele foi embora, mandei um cartão para todos que passaram pela Basílica. Ele foi o único que respondeu agradecendo".
Padre Célio guarda com carinho uma lembrança de Bergoglio, já como Papa Francisco.
"Quando teve o Encontro Mundial da Ordem Religiosa, eu estive lá em Roma, e fui à Praça de São Pedro, gritei o nome dele, e ele me deu o solidéu. O curioso desse presente é que ainda tem marca de suor dele. Eu falei que eu nunca ia lavar esse solidéu e não pretendo mesmo".
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