Santo Padre

Papa aos artistas: “transformem dor em esperança e deem voz a quem não tem”

Homilia do Papa destinada aos artistas foi lida pelo cardeal José Tolentino de Mendonça. Papa ainda se recupera de uma bronquite.

Escrito por Redação A12

17 FEV 2025 - 11H46 (Atualizada em 17 FEV 2025 - 16H11)

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Como parte da programação do Jubileu 2025, foi realizado o Jubileu dos Artistas e do Mundo da Cultura dos dias 15 a 18 de fevereiro com cerca de 10 mil participantes de mais de 100 nações dos cinco continentes.

A Missa do domingo (16), que deveria ser presidida pelo Santo Padre — que se encontra internado deste sexta-feira (15) devido a uma bronquite — foi presidida pelo prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, cardeal José Tolentino de Mendonça.

A arte como testemunho das Bem-Aventuranças

Na mensagem lida pelo cardeal Mendonça na Basílica de São Pedro durante a homilia, Francisco recordou a força das Bem-Aventuranças e destacou que o artista tem a missão de enxergar além das aparências e encontrar beleza mesmo na fragilidade.

“Vós, artistas e pessoas de cultura, sois chamados a ser testemunhas da visão revolucionária das Bem-Aventuranças. A vossa missão não se limita a criar beleza, mas a revelar a verdade, a bondade e a beleza escondidas nos recantos da história, a dar voz a quem não tem voz, a transformar a dor em esperança.”

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A missão dos artistas em tempos de crise

Em outra parte da mensagem, o Pontífice alertou sobre a crise de sentido que marca o mundo atual. “Somos peregrinos ou errantes? Caminhamos com uma meta ou andamos à deriva?”, questionou.

Em resposta a esses questionamentos, Francisco enfatizou que os artistas ajudam a humanidade a não perder o horizonte da esperança, mas frisou que essa esperança não é superficial, e sim um fogo que ilumina e transforma.

“Por isso, a arte autêntica é sempre um encontro com o mistério, com a beleza que nos supera, com a dor que nos interpela, com a verdade que nos chama. Caso contrário, “ai (de nós)”! O Senhor é severo no seu apelo.”

Em um mundo marcado por divisões, Francisco destacou o papel dos artistas na construção de pontes. “Vejo em vós guardiões da beleza que sabe inclinar-se sobre as feridas do mundo” e os incentivou a iluminar mentes e aquecer corações.

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O Papa também rebateu a ideia de que a arte seja um luxo.A arte não é uma fuga, mas um convite à ação, um apelo, um grito”, disse. Para ele, educar para a beleza é educar para a esperança.

Encerrando sua mensagem, Francisco exortou os artistas a se deixarem guiar pelo Evangelho.

Que a vossa arte seja anúncio de um mundo novo. Nunca deixeis de procurar, interrogar, arriscar. O vosso dom não é um mero acaso, é um chamado. Respondei com generosidade, com paixão, com amor.”

:: Acompanhe conteúdos do Jubileu da Esperança em nosso site oficial!

Fonte: Vatican News

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