No campo da Medicina há um profissional que antigamente era muito conhecido por zelar pela saúde de famílias inteiras, mas que hoje em dia, poucos profissionais da saúde se interessam por se especializar nessa área: o médico de família. Também conhecido como médico de atenção primária, é um profissional de saúde especializado em fornecer cuidados médicos abrangentes e contínuos a indivíduos e famílias ao longo de suas vidas.
“Tenho muitas boas lembranças do médico de família”, relembrou o Papa Francisco ao receber os participantes do Encontro Internacional “SOMOS Community Care” no Vaticano, um evento que reuniu especialistas e profissionais de saúde para discutir a importância de revalorizar o papel e a presença do médico de família nos campos da saúde e social.
Em seu discurso, o Santo Padre enfatizou a missão fundamental desses profissionais, destacando dois aspectos cruciais: “ser médico” e “ser família”. Ele destacou o avanço das tecnologias na área médica, mas que a essência ainda reside no encontro humano.
“O médico é aquele que cuida. A ciência, hoje, tornou-se muito tecnológica, a ponto de termos acesso a tratamentos que, até algumas décadas atrás, eram inimagináveis. Mas a medicina, até a mais avançada, supõe, sobretudo, um espaço de encontro humano, feito de cuidado, proximidade e escuta. Esta é a missão do médico de família.”
Para o Pontífice, a figura do médico de família é mais do que apenas um profissional competente; é uma presença amiga que inspira confiança e oferece apoio contínuo aos pacientes.
“Quando estamos doentes, procuramos na pessoa do médico, não apenas um profissional competente, mas uma presença amiga com quem contar, que nos inspire confiança em recobrar a saúde. Porém, quando isso não for possível, pelo menos que não nos deixe sozinhos, mas continue a olhar nos olhos e nos ajudar até o fim.”
O Papa ressaltou que o médico de família deve ser alguém presente e próximo, capaz de oferecer carinho além da assistência profissional:
“O médico de família deve ser assim: presente, próximo, capaz de oferecer carinho além da assistência profissional, porque conhece pessoalmente seus pacientes, seus entes queridos e caminha com eles todos os dias, até à custa de sacrifícios.”
Fonte: Vatican News
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