Santo Padre

Papa Francisco: A voz da profecia em tempo de pandemia

Padre Rosivaldo Antônio Motta, C.Ss.R. (Arquivo pessoal)

Escrito por Padre Rosivaldo Antônio Motta, C.Ss.R.

14 ABR 2021 - 09H31 (Atualizada em 14 ABR 2021 - 10H17)

Riccardo De Luca - Update/ Shutterstock

É missão do profeta ser “porta-voz” de Deus! Para isso é necessário ter conhecimento da história presente e, sob o auxílio da luz divina, fazer uma leitura do momento atual, perceber os sinais de Deus e prever as consequências futuras.

O profeta é mensageiro da esperança, principalmente em tempos de crise. Ele nos ativa a confiança no Deus que está vivo, atuante na história, e que não fica insensível ao sofrimento do seu povo. O profeta apresenta pistas na busca de saídas e reforça a fé na ressurreição que virá. Ressurreição que se atualiza nos acontecimentos da vida.

Liderança espiritual e profética

Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Papa Francisco têm sido uma voz profética e de esperança nesta crise mundial, até mesmo substituindo a muitas lideranças políticas que se mostraram ineficazes para lidar com a situação.

Como líder espiritual, Francisco comoveu o mundo, e não apenas o mundo cristão, quando, naquele 27 de março de 2020 (início da pandemia), em frente à Praça São Pedro totalmente deserta, traduziu a angústia da humanidade em uma oração a Deus e um chamado à fraternidade entre todos os povos.

Reprodução/ Vatican Media
Reprodução/ Vatican Media
Papa reza Bênção Urbi et Orbi extraordinária na Praça São Pedro, pelo fim da pandemia de Covid-19


Preocupação com os pobres na pandemia

Uma das questões mais preocupantes para o Papa Francisco na crise mundial pandêmica tem sido a situação dos pobres, a desigualdade social que a pandemia evidenciou. Na encíclica Fratelli tutti (Todos irmãos), ele diz:

“O golpe duro e inesperado desta pandemia fora de controle obrigou, por força, a pensar nos seres humanos... Existem regras econômicas que foram eficazes para o crescimento, mas não para o desenvolvimento humano integral”.

Leia MaisA forte mensagem do Papa para o mundo pós-pandêmico Em uma de suas audiências, Francisco classificou as desigualdades sociais como doença:

“É um vírus que provém de uma economia doente. É o resultado de um crescimento econômico desigual, que é independente dos valores humanos fundamentais.

No mundo de hoje, muito poucas pessoas ricas possuem mais do que o resto da humanidade. É uma injustiça que clama aos céus!



Papa Francisco em visita a hospital antes da pandemia


Antenado com a realidade e portador da esperança

É impressionante como o Papa está antenado às mais diversas situações que estão acontecendo na pandemia, mesmo com suas inúmeras prioridades no comando da Igreja:

“Oxalá não nos esqueçamos dos idosos que morreram por falta de respiradores, em parte como resultado de sistemas de saúde que foram sendo desmantelados ano após ano”. 

Como mensageiro da paz, o Papa convoca a humanidade a não perder a esperança:

“Neste tempo de incerteza e angústia, convido todos a aceitarem o dom da esperança que vem de Cristo. É Ele que nos ajuda a navegar nas águas tumultuosas da doença, da morte e da injustiça, que não têm a última palavra sobre o nosso destino final”.

Escrito por
Padre Rosivaldo Antônio Motta, C.Ss.R. (Arquivo pessoal)
Padre Rosivaldo Antônio Motta, C.Ss.R.

Missionário redentorista com bacharelado em Teologia (UCSal), pós-graduado em Comunicação e Cultura Brasileira (SEPAC-PUC/SP) e mestrado em Comunicação e Semiótica (PUC/SP).

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