Leia MaisCom prefácio do Papa, documento quer uma Igreja mais inclusivaPapa Francisco anuncia mudanças históricas dentro da IgrejaO Papa Francisco consagrou a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, nesta sexta-feira (25), na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
A Liturgia Penitencial e o Ato de Consagração fazem parte da iniciativa "24 horas para o Senhor" promovida em todo o mundo pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.
Na terceira sexta-feira da Quaresma, a Igreja propõe esta Celebração Penitencial para preparação ao Domingo de Alegria, a Páscoa de Cristo. O Santo Padre quis, nesta ocasião, presidir a Celebração e realizar o ato de Consagração da Ucrânia e da Rússia pela situação triste que assola o leste europeu desde o dia 24 de fevereiro.
“Nesses dias, notícias e imagens de morte e guerra continuam a entrar pelas nossas casas enquanto as bombas destroem as casas de muitos de nossos irmãos e irmãs. Este ato não se trata de uma fórmula mágica. Trata-se de um ato de esperança e de colocarmos os corações aflitos pela guerra nas mãos de Nossa Senhora”, disse o Papa durante sua homilia na Celebração.
Durante a Celebração, o Papa Francisco realizou confissões aos fiéis presentes na Basílica de São Pedro. Antes disso, no entanto, quebrando o que estava previamente combinado, o Santo Padre se confessou para iniciar o momento de confissão dos fiéis.
No fim da Celebração, aconteceu de fato, a Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. Sentado em frente à imagem de Nossa Senhora de Fátima, o Pontífice consagrou e rezou, especialmente, pelos países em guerra.
"Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz". pediu Francisco ao Imaculado Coração.
Com o olhar oscilando entre a oração da Consagração e a imagem da Virgem de Fátima, o Papa pediu o fim da guerra.
O Pontífice realizou a Consagração aos pés da imagem de Nossa Senhora de Fátima.
"Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz. O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. Assim a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo", rezou o Pontífice.
O Santuário Nacional se juntou ao Papa para pedir a paz na Ucrânia, na Rússia e também no mundo.
Em todas as celebrações do dia na Casa da Mãe, haverá a substituição da habitual Consagração a Nossa Senhora Aparecida pelo texto que o Santo Padre pronunciou na liturgia da penitência no Vaticano.
A Consagração também aconteceu em Fátima, presidida pelo Cardeal Konrad Krajewski, esmoleiro do Papa, e enviado do próprio Pontífice a Portugal, para realizar a Celebração em prol da paz na Ucrânia e na Rússia.
A Conferência Episcopal Ucraniana pediu ao argentino que consagrasse os dois países em conflito ao Imaculado Coração de Maria “como solicitado pela Santíssima Virgem em Fátima”.
O pedido tem relação com os chamados "Mistérios de Fátima", as alegadas revelações que a Virgem fez aos três jovens pastores na vila portuguesa de Fátima, em 1917.
A Virgem, de acordo com o segundo mistério, exigia a consagração da Rússia, que naquele ano iniciava a revolução que levaria à sua etapa soviética, ou então o país "espalharia seus erros pelo mundo promovendo guerras e perseguindo a Igreja".
A Rússia invadiu a Ucrânia no último 24 de fevereiro e provocou a morte de centenas de pessoas, além de milhões de refugiados. A guerra tem sido condenada pela comunidade internacional, que já anunciou diversas sanções contra o governo de Vladimir Putin e oligarcas russos.
Desde então, o Papa Francisco tem feito reiterados pedidos de paz, convidando os fiéis, inclusive, a um dia de jejum e oração para o fim do embate entre as duas nações. O Pontífice vem tentando diversas maneiras para mediar o conflito. Recentemente, ele ligou para o presidente ucraniano para demonstrar apoio e solidariedade.
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