Santo Padre

Papa pede para não perdermos a capacidade de chorar com quem chora

“O Senhor quer tornar sensível a nossa consciência para que nos deixemos tocar pela dor dos irmãos”

Escrito por Redação A12

06 ABR 2024 - 11H57 (Atualizada em 17 ABR 2024 - 08H57)

Vatican Media / Divulgação

Neste sábado (06), Papa Francisco recebeu na Sala Clementina os membros da Fundação Santa Ângela Mérici, de Siracusa, que está completando 50 anos trabalhando em prol das pessoas mais frágeis.

A fundação tem sua origem em 1953, no evento que marcou a cidade siciliana, quando um quadro de Nossa Senhora começou a lacrimejar na casa dos cônjuges Iannuso. O santo padre, com sabedoria, falou sobre lágrimas em seu discurso aos membros da fundação.

São as lágrimas de Maria, a nossa Mãe, Mãe celeste, pelos sofrimentos e as penas dos seus filhos. Maria chora pelos seus filhos que sofrem. São lágrimas que nos falam da compaixão de Deus por todos nós. Devemos pensar nisto: a compaixão de Deus. Ele, com efeito, doou a todos nós a sua Mãe, que chora as nossas mesmas lágrimas para que não nos sintamos sós nos momentos mais difíceis”.

Francisco lembrou ao público presente que é através das lágrimas da Virgem Santa, que o Senhor quer amolecer o coração de cada um de nós, e que muitas vezes nossas lágrimas ressecam na indiferença, no egoísmo. O Senhor quer tornar sensível a nossa consciência para que nos deixemos tocar pela dor dos irmãos.

Papa explicou que a Fundação, existe para expressar em gestos concretos as lágrimas derramadas pela Virgem Maria e, ao mesmo tempo, enxugar o pranto dos seus filhos. E pediu para que os membros da fundação não percam as raízes e permaneçam unidos à fonte, que é o Evangelho.

“O Evangelho é a fonte porque Jesus, por primeiro — não o esqueçamos — se deixou tocar nas vísceras pelos sofrimentos de quem encontrava. Jesus, de fato, nos pede para jamais separar o amor por Deus do amor pelo próximo, em especial pelos mais pobres. E que seremos julgados não pelas práticas exteriores, mas pelo amor”.

O santo padre pediu a todos para “saber-se comover”. E refletiu sobre não perdermos a capacidade de chorar com quem chora, pois a indiferença e o individualismo, “nos fecha ao destino de quem está ao nosso redor”, e a anestesia o coração, nos impedindo de nos comover diante dos dramas da vida cotidiana, e esses “são os piores males da nossa sociedade”.

Francisco pediu: Por favor, não tenham vergonha de chorar, de sentir comoção por quem sofre; não se poupem ao exercitar compaixão por quem é frágil, porque nessas pessoas está presente Jesus”.

O Pontífice finalizou pedindo aos membros da Fundação para não se desencorajarem, mesmo que o trabalho permaneça escondido e exija um sacrifício silencioso e cotidiano.

“O bem que se faz a quem não pode retribuir se expande de modo surpreendente e inesperado”.

Fonte: Vatican News

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