Nesta sexta-feira (16), Dia de Nossa Senhora do Carmo, o Papa Francisco publicou um novo motu proprio, intitulado "Traditionis custodes", que trata da regulamentação das missas em rito pré-conciliar.
No documento, o Pontífice devolve a responsabilidade para os bispos diocesanos, moderadores da vida litúrgica diocesana, em empregar ou não o rito pré-conciliar, ou seja, a liturgia da missa tal como era celebrada antes dos anos 1970, com as mudanças aplicadas pelo Concílio Vaticano II. Nessas celebrações, utiliza-se o missal de 1962.
De acordo com as orientações, entretanto, "os grupos ligados à antiga liturgia não devem excluir a legitimidade da reforma litúrgica, os ditames do Concílio Vaticano II e o Magistério dos Pontífices".
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Veja abaixo as principais mudanças:
1. As missas com o rito antigo não serão mais realizadas nas igrejas paroquiais: o bispo determinará a igreja e os dias de celebração.
2. As leituras devem ser "na língua vernácula", utilizando traduções aprovadas pelas Conferências episcopais.
3. O celebrante deve ser um sacerdote delegado pelo bispo.
4. O bispo também é responsável por verificar se é ou não oportuno manter as celebrações de acordo com o antigo missal, verificando sua "utilidade efetiva para o crescimento espiritual".
5. É necessário que o sacerdote responsável tenha no coração não apenas a digna celebração da liturgia, mas também o cuidado pastoral e espiritual dos fiéis.
6. O bispo "terá o cuidado de não autorizar a constituição de novos grupos".
7. Os sacerdotes ordenados após a publicação deste Motu próprio, que pretendem utilizar o missal pré-conciliar, "devem enviar um pedido formal ao Bispo diocesano, que consultará a Sé Apostólica antes de conceder a autorização", enquanto aqueles que já o fazem devem pedir a autorização ao bispo diocesano para continuar usando-o.
Primar pela Unidade
O Papa lembra que a decisão de Bento XVI, com o motu proprio "Summorum Pontificum" (2007), foi apoiada pela "convicção de que tal medida não colocaria em dúvida uma das decisões essenciais do Concílio Vaticano II, atingindo de tal modo sua autoridade".
Naquele ano, o Papa Emérito Bento XVI afirmara que "as duas formas de uso do Rito Romano poderiam enriquecer-se mutuamente". Francisco, entretanto, demonstrou preocupação com a unidade da Igreja, o que o fez emitir o novo documento.
Ele ainda manifestou tristeza com o que considera "abusos nas celebrações litúrgicas", em ambos os ritos, visto que o uso do Missal de 1962 vem sendo encarado como "retorno à tradição da 'verdadeira Igreja'", rejeitando o Concílio:
"Duvidar do Concílio significa duvidar das próprias intenções dos Padres, que exerceram solenemente seu poder colegial, cum Petro et sub Petro, no Concílio ecumênico, e, em última análise, duvidar do próprio Espírito Santo que guia a Igreja", explica Francisco.
Por fim, Francisco acrescenta:
"Este é um comportamento que contradiz a comunhão, alimentando aquele impulso à divisão... contra o qual o Apóstolo Paulo reagiu com firmeza. É para defender a unidade do Corpo de Cristo que sou obrigado a revogar a faculdade concedida por meus Predecessores".
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